A presença de gás metano e de compostos de carbono em amostras de rochas marcianas estão levando alguns cientistas a acreditarem que há vida em Marte. As descobertas, obtidas através do robô Curiosity, da Agência de Pesquisas Espaciais dos Estados Unidos (Nasa), levou cientistas a divulgarem um novo comunicado sobre o assunto, já que descobriu-se que haveria gás há pelo menos dois meses. As informações são do "The New York Times".
Segundo o jornal, o metano é um dos poucos compostos orgânicos que têm uma vida útil curta. Os cientistas acreditam que a atmosfera marciana eliminaria esse gás rapidamente. A presença recente de metano seria, então, um indício de que ele teria sido produzido num passado não tão distante.
“Neste momento, precisamos de medições mais acuradas para não chegarmos a conclusões precipitadas”, disse Paul Mahaffy, chefe do Laboratório de Experiências atmosférica da Nasa, ao New York Times. “Talvez existam microorganismos em Marte que possam ter produzido o metano mas ainda não podemos dizer com toda certeza. Ainda é uma especulação”.
A existência de microorganismos que liberam o metano, no entanto, não é a única explicação. De acordo com os estudiosos, outra possibilidade é a de ter havido serpentinização, um processo geológico que envolve calor e água e também teria o composto como resultado. Mas a confirmação dessa hipóstese depende do avanço dos estudos sobre a perda de água no planeta.
Desde a chegada do Curiosity no planeta vermelho, em 2012, as investigações apontaram uma variação dos níveis de metano em quatro ocasiões distintas para quase 10 vezes o que já tinha sido detectado anteriormente, em 2003.
“Este aumento temporário do metano e, em seguida, um back-up acentuado de queda, nos diz que deve haver alguma fonte”, disse Sushil Atreya, um membro da equipe que acompanha o robô Curiosity.
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