terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Polícia dá laxante a ladrão para recuperar cordão roubado

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Como diz o ditado popular, “vergonha é roubar e não poder carregar”. Mas há quem encontre lugares inusitados para tentar esconder o que surrupiou. Há uma semana, depois de arrancar um cordão do pescoço de uma mulher, um ladrão decidiu engolir a joia. Ele só não contava com a reação da vítima, que partiu para cima dele dando sopapos. O assaltante acabou imobilizado por guardas municipais e, levado para delegacia, foi obrigado pelo delegado a tomar uma dose de laxante. O remédio fez efeito rápido e, para surpresa da mulher e dos policiais, o bandido expeliu dois cordões, mas nenhum era o objeto procurado.
A vítima, uma empregada doméstica que, por segurança, prefere não se identificar, disse que estava fazendo compras com uma amiga em Copacabana e entrou numa loja da Rua Santa Clara. Quando saiu, as duas foram atacadas por dois garotos. Um deles avançou em seu pescoço e arrancou a correntinha de ouro que tinha um pingente. Os dois ladrões estavam acompanhados de outros dois comparsas, e saíram correndo pela Avenida Nossa Senhora de Copacabana.
— Eu e minha amiga corremos atrás deles, dois rapazes ajudaram e guardas municipais os imobilizaram. Policiais militares também chegaram e fomos todos para a delegacia. Para minha surpresa, um policial disse que daria um remedinho e que logo o bandido iria expelir o cordão. Ele (o policial) falou que costuma manter o laxante na delegacia para ser usado nesse tipo de caso. Depois de o remédio fazer efeito, o policial mostrou as fotos dos dois colares, mas nenhum deles era o meu — disse ela, que não voltou à delegacia para saber o seu cordão foi encontrado.
O caso, que foi registrado na 12ª DP (Hilário de Gouveia), poderia ser cômico caso não revelasse um triste quadro de violência na cidade. Os quatro assaltantes tinham menos de 18 anos e, segundo a vítima, o que roubou o seu cordão tinha cerca de 13 anos. Segundo ela, após chegarem à delegacia, em menos de dez minutos um homem chegou e disse que era o pai do menino, sem mostrar nenhum documento. Pouco tempo depois, duas mulheres chegaram e uma delas disse que era mãe de um outro.
— A mulher me ameaçou e quase me agrediu. Disse que o filho estava fora de casa há uma semana e que não era ladrão — contou a mulher.


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