A guerra urbana ganha propões preocupante nas principais cidades do Rio Grande do Norte. Neste final de semana foram 17 assassinatos no Rio Grande do Norte (já teve final de semana com 25)
Em Caicó, foram registrados três assassinatos. Este ano, Caicó já registrou 33. Em Mossoró, foram outros três assassinatos e vários baleados. Este ano, Mossoró já superou a casa dos 180 assassinatos, se aproximando do número registrado em 2013.
No Rio Grande do Norte, atĂ© este domingo, haviam sido assassinatos 1.630 pessoas neste ano de 2014. Os dados sĂŁo do Conselho Estadual de Direitos Humanos, que tem a frente o advogado Marcos DionĂsio e o pesquisador e especialista em Segurança PĂşblica IvĂŞnio Hermes. Ambos estĂŁo preocupados com a crescente da violĂŞncia e a falta de politicas pĂşblicas para combater.Para Ivenio Hermes, nĂŁo se trata apenas das vidas ceifadas, mas de toda uma destruição social. Para cada homicĂdio, estima-se em pelo menos 3 familias destruĂdas. Se nos Ăşltimos 4 anos foram quase de 6 mil assassinatos no Rio Grande do Norte, sĂŁo cerca de 20 mil famĂlias vivendo no medo.Outro ponto observado pelo pesquisador, Ă© que nĂŁo se trata tambĂ©m sĂł de assassinatos e seus familiares vivendo em pânico, que já Ă© tráfico, mas tambĂ©m de pessoas que sĂŁo baleadas sem ter relação alguma com as disputas de gangues ou ataques de grupos de extermĂnios.É o caso neste final de semana da dona de casa Geovanete Francisca, de 47 anos, morta com um tiro na cabeça que segundo a Policia apurou, foi bala perdida. O alvo dos atiradores eram o adolescente e estudante Thaluan Lucas, de 17 anos, que morreu no local. Geovanete morreu no hospital.Em outro caso na noite deste domingo, 7, o adolescente de 16 anos foi baleado na perna quando chegava em casa. Ele nĂŁo era o alvo dos atiradores. Trata-se de uma guerra entre as favelas do PapĂ´co e Pirrichil, que já ceifou a vida de dezenas de moradores dos dois lados nos Ăşltimos dez anos.Para o advogado Marcos DionĂsio, as famĂlias de boa Ăndole vivem em situação de medo e isto pode ser visto em suas residĂŞncias com muros altos, com cerca de arame farpado, alarmes, cĂŁes de guarda, seguranças armados nas ruas. O gasto com segurança privada termina por comprometer o orçamento familiar.
E no quadro de nĂŁo existir polĂticas pĂşblicas capazes de reduzir a violĂŞncia, como fez o Estado do Pernambuco, a situação sĂł se agrava no Rio Grande do Norte, chegando a nĂşmeros assustadores, de quase 5 vezes o percentual considerado epidĂŞmico pela Organização das Nações Unidas (ONU).
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