O Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, maior
unidade da rede pública de saúde do Rio Grande do Norte, ficou aproximadamente
uma hora sem energia elétrica durante a madrugada desta quarta-feira (25),
segundo informações do próprio hospital. E o gerador, que deveria ter sido
ativado em no máximo 15 segundos após a interrupção, não funcionou. Não há
informações sobre problemas com o estado de saúde de pacientes. A queda no
fornecimento, ainda de acordo com a unidade, aconteceu em razão das chuvas que
vem caindo em Natal desde a noite desta terça-feira (24). Nestas últimas 24
horas, de acordo com o site do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de
Desastres Naturais (Cemaden), choveu em média 40 milímetros na capital
potiguar.
O secretário estadual de Saúde, Ricardo Lagreca, está em
Brasília. Ele disse que só tomou conhecimento do problema quando o dia
amanheceu, mas prometeu que providências serão tomadas. “Todos os respiradores
e equipamentos de UTI possuem no-break, que mantém os aparelhos de suporte de
vida funcionando. Mesmo assim, vamos apurar o que aconteceu e tomar
providências para que problemas como esse, de o gerador não funcionar, não
ocorram mais”, afirmou.
"Os corredores ficaram escuros por quase uma hora.
Quando acontece uma queda de energia, o gerador precisa ser acionado
automaticamente. Em no máximo 15 segundos, a energia tem que ser restabelecida,
até porque temos pacientes que necessitam do uso de aparelhos. O problema é que
o gerador não ligou. Foi preciso um engenheiro ser acionado para fazê-lo
funcionar", afirmou o médico Sebastião Paulino.Ainda segundo o médico, que
estava atendendo na UTI geral, depois que o gerador entrou a energia ficou
oscilando e muitas lâmpadas sequer acenderam. "No meu setor tinham seis
pacientes. Um deles, inclusive, precisou ser atendido com respirador manual
porque o aparelho não funcionou com o retorno da energia por meio do
gerador", revelou.
Chuvas
Paulo César Ferreira, secretário de Defesa Social de Natal,
disse que em Mãe Luíza, bairro da Zona Leste da cidade, uma tubulação
construída para amenizar os efeitos de enxurradas não suportou e desmoronou
para dentro da cratera que ainda está aberta desde as chuvas que ocorreram em
junho do ano passado.
Ainda de acordo com o secretário, os pontos mais críticos –
e que requerem uma atenção especial por parte da Defesa Civil – são justamente
o bairro de Mãe Luíza, principalmente o trecho entre as ruas Atalaia e
Guanabara, a comunidade do Jacó, no bairro das Rocas, também na Zona Leste, e
alguns pontos próximos das lagoas de captação da Zona Norte da cidade.
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