Max Oliveira já poderia ter virado estatística. Mas o futebol salvou sua vida. Foi por causa do talento e da ajuda da mãe, de um dirigente e de um treinador que ele saiu da cadeia, deixou o tráfco de drogas e virou profissional.
Max, 21 anos, foi revelado em 2014 pelo Fortaleza. O zagueiro cresceu na favela da Baixada, comunidade mais pobre do bairro Edson Queiroz, na capital cearense. Desde 2012, a média é de dois homicídios dolosos por mês.
O zagueiro viu muitos dos seus amigos de infância mortos pela polícia ou pelo tráfico. “Dos três filhos da minha mãe, eu fui o único a dar dor de cabeça”, diz. A maior delas veio em 2012. “Já jogador, estava há três meses sem receber salário. Bati na porta de um velho amigo e pedi ajuda. Ele me colocou para trabalhar com ele”, conta. O trabalho era cortar pedras de crack. “Ganhava 1.000 reais por semana. Mas podia ser mais se eu quisesse. A polícia estourou a boca e minha casa caiu.”
Max Oliveira e o amigo foram presos e enquadrados no artigo 33 da Lei Antitóxicos, que prevê pena de reclusão de até 15 anos para quem produzir droga.
Na época, o zagueiro era treinado pelo técnico da base tricolor Jorge Veras. Foi ele quem soube da prisão e acionou o advogado e ex-dirigente do Fortaleza Adaílton Campelo.
“O Adaílton perguntou se valia a pena. Falei que sim”, diz Jorge Veras. A força-tarefa acabou conseguindo tirar Max Oliveira depois de quase três meses na prisão.
O zagueiro foi monitorado pelo clube e convencido a mudar de bairro. Hoje, mora em um apartamento alugado pelo Fortaleza perto do campo de treinamento. “Ainda tem muita gente que deseja meu mal”,
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