segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Robinson pode ter perdido a "legião da boa vontade" no segundo mês de governo

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A intrincada eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, ocorrida na semana passada, pode ter acelerado o processo de cobranças ao governador Robinson Faria (PSD).

A fase da legião da boa vontade acabou,  dizia um parlamentar de oposição. Segundo ele, o governador, que não estabeleceu prazo para apresentar resultados, passará a ser cobrado nas áreas de saúde, segurança pública, investimentos, no reequilíbrio das contas do governo e nos assuntos relativos ao servidor.
Segundo o grupo de oposição, Robinson só pagou a folha de janeiro em dia porque avançou no fundo previdenciário. E o fundo é finito. Nesse mesmo ritmo, o fundo zera até setembro deste ano.Na saúde, , a oposição vai cobrar o birô de Robinson no hospital Walfredo Gurgel. 
Na campanha eleitoral e depois dela, o governador prometeu dar expediente no Walfredo até dar solução aos antigos e crônicos problemas da unidade hospitalar.Se entrar no hospital para dar expediente, Robinson Faria corre o risco de não sair de lá.
Robinson também prometeu aumentar a sensação de segurança da população. Não é o que se vê até agora. O número de homicídios nas primeiras semanas deste ano está um pouco acima do levantamento feito em igual período no ano passado. A situação se agravou em municípios como Parnamirim, Ceará-Mirim e São Gonçalo do Amarante, aponta o Conselho Estadual dos Direitos Humanos, que atualiza o Mapa da Violência.
O bloco de oposição na Assembleia tem cara e voz. Reforçado pela presença inesperada de José Dias (PSD), que acusa Robinson hoje de traição política, pecha que era um privilégio de Dona Wilma, o bloco é formado por Agnelo Alves (PDT), Tomba Farias (PSB), Kelps Lima (SDD), Ricardo Motta (PROS), Getúlio Rêgo (DEM) e por um discreto Raimundo Fernandes (PROS), que só não está com Robinson porque o deputado Galeno Torquato (PSD) não deixa. Galeno e Raimundo são adversários ferrenhos na região Oeste.
Portanto, a boa vontade em relação aos primeiros dias do Governo Robinson pode ter acabado. 
O senador Garibaldi Filho (PMDB) já começou a tecer suas críticas ao governo instalado. Falta Henrique Eduardo Alves (PMDB) entrar em cena. Ele deve estar aguardando a lista de Janot sobre o petrolão. Se tiver fora dela, Henrique fica liberado para fazer política.

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