O adolescente Kaíke Luan Ribeiro, de 18 anos, acusado de
ligação com o grupo terrorista Estado Islâmico (EI), vai ficar em prisão
preventiva por pelo menos mais um ano até ser julgado. Essa previsão é do
responsável pela acusação do jovem goiano, o promotor-chefe da Audiência
Nacional da Espanha, Javier Zaragoza, que falou nesta terça feira(17).
Kaíke vive desde 2008 na Espanha e foi preso no último mês
de dezembro, na Bulgária, pela Interpol. O adolescente viajava de carro rumo à
Síria. Segundo a polícia da Catalunha, que conduziu as investigações do goiano,
ele iria se unir às frentes de batalha do EI.O brasileiro vai responder pelo
crime de associação a organização terrorista diante da Audiência Nacional, a
mais alta corte da Justiça da Espanha. Kaíke pode pegar até 12 anos de prisão.
A família de Kaíke, que está preso preventivamente há mais
de 2 meses e não tem direito à fiança, disse que tinha esperanças de que ele
sairia da prisão nas próximas semanas. No entanto, Javier Zaragoza prevê que o
adolescente aguarde o julgamento na cadeia ao menos por mais um ano, pois a
demanda gerada por casos deste tipo é alta.
Para Zaragoza, o período da prisão preventiva contribui para
a demora. "Ele foi preso em um momento no qual o terrorismo jihadista está
na ordem do dia na Espanha. Temos uma fronteira muito delicada",.
Só neste ano, 27 supostos jihadistas foram presos dentro do
território da Espanha, dois a mais do que em todo o ano de 2014. Na última
semana, a polícia espanhola deteve oito pessoas acusadas de formar uma cédula
do EI dentro do país.Kaíke vinha sendo investigado desde junho de 2014 por
supostos contatos com membros do EI via internet. Ele foi levado à Espanha no
final de janeiro e, desde então, passou por outros três presídios.
Segundo a promotoria, o adolescente nega qualquer contato
com o EI. Ele afirmou que viajava de turismo com mais dois amigos, que também
estão detidos. Procurado , o advogado do adolescente, Javier Tomas, não
respondeu aos contatos.
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