quarta-feira, 18 de março de 2015

Acusado de ligação com o EI, jovem brasileiro vai ficar um ano preso

O brasileiro Kaíke Ribeiro é escoltado por policiais durante uma audiência em tribunal na Bulgária

O adolescente Kaíke Luan Ribeiro, de 18 anos, acusado de ligação com o grupo terrorista Estado Islâmico (EI), vai ficar em prisão preventiva por pelo menos mais um ano até ser julgado. Essa previsão é do responsável pela acusação do jovem goiano, o promotor-chefe da Audiência Nacional da Espanha, Javier Zaragoza, que falou nesta terça feira(17).
Kaíke vive desde 2008 na Espanha e foi preso no último mês de dezembro, na Bulgária, pela Interpol. O adolescente viajava de carro rumo à Síria. Segundo a polícia da Catalunha, que conduziu as investigações do goiano, ele iria se unir às frentes de batalha do EI.O brasileiro vai responder pelo crime de associação a organização terrorista diante da Audiência Nacional, a mais alta corte da Justiça da Espanha. Kaíke pode pegar até 12 anos de prisão.
A família de Kaíke, que está preso preventivamente há mais de 2 meses e não tem direito à fiança, disse que tinha esperanças de que ele sairia da prisão nas próximas semanas. No entanto, Javier Zaragoza prevê que o adolescente aguarde o julgamento na cadeia ao menos por mais um ano, pois a demanda gerada por casos deste tipo é alta.
Para Zaragoza, o período da prisão preventiva contribui para a demora. "Ele foi preso em um momento no qual o terrorismo jihadista está na ordem do dia na Espanha. Temos uma fronteira muito delicada",.
Só neste ano, 27 supostos jihadistas foram presos dentro do território da Espanha, dois a mais do que em todo o ano de 2014. Na última semana, a polícia espanhola deteve oito pessoas acusadas de formar uma cédula do EI dentro do país.Kaíke vinha sendo investigado desde junho de 2014 por supostos contatos com membros do EI via internet. Ele foi levado à Espanha no final de janeiro e, desde então, passou por outros três presídios.
Segundo a promotoria, o adolescente nega qualquer contato com o EI. Ele afirmou que viajava de turismo com mais dois amigos, que também estão detidos. Procurado , o advogado do adolescente, Javier Tomas, não respondeu aos contatos.

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