Com o início das aulas, os pais devem atentar para o
problema de dores nas costas dos filhos, que podem ser ocasionadas pelo peso
das mochilas que as crianças carregam nas costas. Segundo o médico ortopedista
Manoel Fernandes, o ideal é que não se use mochilas nas costas. O melhor modelo
é aquele com rodinhas, para puxar.
O médico, que tem dois filhos em idade escolar, um de doze e
outro de dez anos, conta que percebe que o mais novo é o que mais leva material
na mochila, ou seja, é bolsa dele a que fica mais pesada.“Parece que quanto
menor, mais livros as escolas pedem. Então, o ideal é que não tenha peso sobre
as costas das crianças, que use o puxador”, orienta.
O médico explica que entre os dez e os 12 anos é quando a
criança está no processo de formação e de crescimento, desse modo, o excesso de
peso pode provocar alterações significativas, como escoliose ou hipercifose. No
caso da escoliose, o corpo fica inclinado para um lado, aquele que leva mais
peso.Esses casos são mais comuns quando a criança usa o modelo de mochila com
apenas uma alça, ou quando a bolsa tem as duas, porém é usada de forma
inadequada, segurando apenas em uma das alças. Já a hipercifose, é uma
deformação para frente, ou seja, a formação de corcunda. Que ocorre quando a
criança tenta compensar o peso das costas pendendo para frente.Por enquanto,
Manoel Fernandes ainda não atendeu crianças nessas condições este ano, mas ele
diz que o problema é comum, e todos os anos, quando está para terminar o
primeiro semestre, chegam pais cujos filhos reclamam de dores nas costas por
conta do peso da mochila. A dor é o principal sintoma.
O problema exige atenção, mas pode ser resolvido com medidas
simples, como o uso adequado da mochila e prática de exercícios físicos, que
podem ser caminhada, natação. Em alguns casos é recomendada a fisioterapia, que
segundo o médico, já possui mecanismos avançados para esses problemas.A
cirurgia é usada em casos mais graves de hipercifose. Mas o ortopedista destaca
que esses casos de deformidade geralmente não estão ligados a peso da mochila,
e sim, a problemas crônicos e de nascimento.
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