O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dias
Toffoli, disse ser contra a unificação das eleições, na proposta de unir as
disputas do Executivo municipal, estadual e nacional, além do Legislativo nas
três esferas. "Diminuir a frequência das eleições, na minha opinião, vai
na contramão da história", disse em debate da Comissão Especial da Reforma
Política da Câmara dos Deputados. Uma unificação, nos formatos que vêm sendo
debatidos, levaria o País a ter eleição a cada quatro ou cinco anos, em vez de
a cada dois anos como ocorre hoje.Para Toffoli, eleições mais constantes
aproximam a população do sistema político. Ele citou o sistema dos Estados
Unidos, em que há eleição para a casa dos Representantes a cada dois anos.
Segundo ele, dessa forma, o país mantém a "legitimidade aquecida" dos
parlamentares. No debate em andamento nesta tarde, Toffoli também defendeu o
sistema distrital misto de eleição para parlamentares e a cláusula de barreira
para evitar a proliferação de partidos.
É mais fácil criar um partido do que apresentar um projeto
de iniciativa popular. Alguma coisa está muito errada com isso",
argumentou Toffoli ao lembrar que são necessárias 1,43 milhão de assinaturas
(1% do eleitorado brasileiro) para se apresentar um projeto de lei de
iniciativa popular no Congresso e 500 mil assinaturas para pedir um novo
partido. Hoje, existem 32 partidos registrados na Justiça Eleitoral, 28 dos
quais têm representantes na Câmara. Na legislatura passada, 22 partidos tinham
deputados eleitos.
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