O Google não deve remover um filme contra o islã de sua
plataforma de vídeos YouTube, mesmo após uma mulher ter reclamado que foi
enganada para atuar em um filme que tratava do profeta Maomé como um tolo e
maníaco sexual, decidiu um tribunal de apelações norte-americano nesta
segunda-feira.
O caso tem sido bastante acompanhado por causa de seu
impacto na indústria cinematográfica. Um colegiado de 11 juízes de uma corte de
apelação, em San Francisco, disse que uma liminar que proibia o Google de
transmitir o filme deve ser anulada.
O colegiado optou por ouvir novamente o caso após um painel
de três juízes ter ordenado que o Google retirasse do ar o controverso filme
“Innocence of Muslims” (A Inocência dos Muçulmanos). O filme gerou protestos
anti-EUA entre muçulmanos no Egito, na Líbia e em outros países em 2012.
A autora da ação, a atriz Cindy Lee Garcia, entrou na Justiça
após saber que o filme utilizou uma gravação que ela fizera para outro filme, o
qual fora parcialmente dublado e no qual ela aparece fazendo a seguinte
pergunta: “Será o seu Maomé é um molestador de crianças.”
O caso levanta dúvidas sobre se os atores podem, em certas
circunstâncias, ter direitos de imagem independentes em atuações individuais.
Diversas organizações, incluindo Twitter e Netflix, entraram com pedidos para
que o colegiado apoiasse o Google. Representantes do Google e de Cindy Garcia não
puderam ser contatados imediatamente para comentar o caso.
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