domingo, 24 de maio de 2015

Professora abandona salas de aula e faz sucesso com venda de romances eróticos

Abrir os livros de Nana Pauvolih é o mesmo que puxar o cobertor da cama e deixar o amor exposto, em todas as suas formas e posições. A escritora nilopolitana não poupa os detalhes nem pondera as palavras na hora de criar seus romances eróticos. Protagonizado em terras iguaçuanas e cheio de intensidade, o primeiro livro da triologia “Redenção de um cafajeste” foi lançado pelo selo Fábrica 231, da Editora Rocco, no início deste ano. — A editora criou um selo para temas eróticos,
e sou a segunda escritora dele. Nos meus livros, eu escancaro a porta do quarto mesmo. Sem medo, sem censura — conta Nana, de 40 anos A literatura erótica apareceu na vida de Nana de forma proibida. Ao mexer na estante da irmã mais velha, aos 15 anos, encontrou um livro sobre o tema e começou a ler. Apaixonou-se: — Minha irmã me proibiu, isso me deixou ainda mais inquieta. Comecei a ler e escrever sobre sexo muito antes de fazer. A curiosidade aguçou a criatividade de Nana, que escrevia em cadernos — guardados até hoje. Em 2011, começou a passar tudo para o computador: — Os cadernos estavam mofando. Comecei a digitar e colocar algumas coisas no blog de uma amiga. Do nada, tinha 2 mil pessoas acompanhando os capítulos e pedindo mais. Quando os livros começaram a fazer sucesso online, passou a dedicar-se mais, além das duas matrículas como professora de história e os dois filhos: — Era uma vida muito corrida. Eu só tinha a madrugada para corrigir provas, escrever e organizar as coisas. Ficava acordada até umas 3h da manhã e acordava todo dia às 5h. Escrever sobre sexo desde nova, é claro, fez Nana ter expectativas sobre a primeira vez: — Foi decepcionante. Fiquei questionando se era só isso. Aos poucos, fui pegando o jeito. Acho que é normal essa frustração. Fala-se pouco sobre sexo, ninguém explica direito. Há muito “não me toque” sem necessidade. As leitoras assíduas de Nana, mais conhecidas como “nanetes”, revelam para a autora que os livros mudaram suas vidas: — Elas relatam que melhoraram o lado amoroso, conheceram mais os parceiros e que não sabiam do que eram capazes. O romance erótico ajuda nessa libertação. Acredito que o grande problema é que o sexo ainda choca, não deveria ser assim.

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