A presidenta Dilma Rousseff sancionou, com vetos, a lei que
torna mais rígidos os critérios de acesso ao seguro-desemprego, seguro defeso e
abono salarial. A sanção foi publicada hoje (17) no Diário Oficial da União e a
lei entra em vigor imediatamente.A medida faz parte do ajuste fiscal e o
governo espera economizar com a redução da concessão de benefícios
trabalhistas.
A presidenta vetou dois pontos do texto aprovado pelo
Congresso Nacional, entre eles o que trata do seguro-desemprego para o
trabalhador rural.Dilma vetou o Artigo 4°, segundo o qual teria direito ao
beneficio o trabalhador rural dispensado sem justa causa que comprovasse ter
recebido salários relativos a cada um dos seis meses imediatamente anteriores à
data de dispensa; ou ter sido empregado de pessoa jurídica ou de pessoa física
a ela equiparada durante pelo menos 15 meses nos últimos 24 meses e não ter
exercido atividade remunerada fora do meio rural no período aquisitivo, entre
outras regras.O motivo do veto, segundo Dilma, é que a medida resultaria em
critérios mais restritivos para o trabalhador do campo, com “quebra de isonomia
em relação ao trabalhador urbano”.O outro veto está relacionado à concessão do
abono salarial. A presidenta vetou a exigência de pelo menos 90 dias
trabalhados no ano-base para ter direito ao benefício. A regra tinha sido
incluída pelo governo e os senadores concordaram em mantê-la no texto para não
atrasar a votação, diante do compromisso de Dilma em vetar a mudança de prazo
na sanção.Com o veto fica mantida a regra atual, que garante o pagamento do
abono para quem trabalhar por pelo menos 30 dias no ano-base.
Na mensagem de veto, Dilma explica que a retirada do trecho
foi negociada com o Congresso Nacional e diz que a eventual mudança no abono
será analisada pelo Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e
Renda e de Previdência Social, criado pelo governo em abril.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
sua postagem será publicado após aprovação