O Tribunal Administrativo Regional (TAR) do Lazio, na
Itália, autorizou hoje (4) a extradição do ex-diretor de Marketing do Banco do
Brasil Henrique Pizzolato. Os julgadores rejeitaram recurso protocolado pela
defesa do ex-diretor contra decisão do governo italiano que autorizou a
extradição para o Brasil. Os advogados alegaram que os presídios brasileiros
não têm condições de garantir a integridade física dos detentos. A defesa do
ex-diretor ainda pode recorrer ao Conselho de Estado, última instância da
Justiça administrativa da Itália, para evitar a extradição. Com a decisão do
TAR, o Ministério da Justiça italiano deve voltar a discutir com as autoridades
brasileiras a fixação da uma data para a transferência de Pizzolato, que deve
cumprir pena no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, onde
outros condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão, estão presos.
Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão
pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão. Antes de ser
condenado, ele fugiu para a Itália com identidade falsa, mas acabou sendo preso
em fevereiro de 2014, em Maranello.Em nota conjunta, as autoridades brasileiras
envolvidas no processo esclareceram que a extradição voltou a ter eficácia
plena. Dessa forma, o governo brasileiro aguarda o pronunciamento do Ministério
da Justiça da Itália para iniciar a operação para transferir Pizzolato. O
processo é acompanhado pelo Ministério da Justiça, pela Advocacia-Geral da
União (AGU), pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Ministério das
Relações Exteriores.
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