Um estudo brasileiro, coordenado pelo professor da
Universidade Federal do Paraná (UFPR), Sebastião Cezar Radominski, desenvolveu
um novo medicamento para a Artrite Reumatoide no Centro de Estudos em Reumatologia.“A
pesquisa desenvolveu um medicamento inovador, de uma nova classe terapêutica
(anti-JAK3), o Tofacitinibe, que age bloqueando a sinalização para a inflamação
agora dentro do núcleo das células, reduzindo a progressão da doença e
impedindo a destruição articular",
explica Radominski.Com perfil de
segurança e eficácia semelhantes aos imunobiológicos, que são administrados de
maneira injetável em instituições de saúde, esse novo fármaco é muito mais
prático pois pode ser utilizado via oral, inclusive, tornando o procedimento
economicamente muito mais viável.
Desde maio deste ano, o medicamento está disponível no
Brasil por meio de planos de saúde e vendas em farmácia sobre prescrição
médica. Para chegar ao consumidor, o fármaco passou por vários testes e em 2012
foi aprovado pelo Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, e, no
fim de 2014, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Cerca de
80 pacientes participaram dos estudos clínicos de fase II e III e a maioria se
encontra ainda nos estudos de extensão a longo prazo, no centro de estudos.
Tabela do SUS
No momento, o medicamento aguarda incorporação na tabela do
Sistema Único de Saúde (SUS) para uso na rede pública.A artrite reumatoide é
uma doença crônica autoimune que leva à inflamação (artrite) e a destruição das
articulações em médio e longo prazo. Esta doença, se não tratada em suas fases
iniciais, pode acarretar deformidades irreversíveis, sendo uma das maiores
causas de incapacidades especialmente em mulheres adultas jovens, com impacto
tremendo na sua qualidade de vida. É também um dos principais motivos de
próteses articulares totais nesta faixa etária, além de osteoporose precoce,
especialmente, por uso crônico de corticoides.Embora não tenha cura, a
descoberta de novos tratamentos como os chamados de imunobiológicos (anti-TNFs
e outros), constituíram-se em uma revolução e alento no tratamento da AR nos
últimos 15 anos.
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