A Polícia Federal (PF) apreendeu na última segunda-feira
(22) um bilhete no qual o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, escreveu
a frase "destruir e-mail sondas". O bilhete foi endereçado aos
advogados dele e foi interceptado pelos agentes da PF que fazem a vigilância da
carceragem da Superintendência em Curitiba, onde o executivo está preso desde
sexta-feira (19)
.Entre as frase escritas no bilhete, aparecem os dizeres
“destruir e-mail sondas RR”. Para a PF, Marcelo se referia a Roberto Prisco Ramos,
executivo da petroquímica Braskem, controlada pela Odebrecht.
Após tomar ciência do ocorrido, o delegado responsável pela
Operação Lava Jato pediu aos advogados do executivo que apresentassem o bilhete
original e justificassem a expressão usada por Odebrecht, sendo que o bilhete original
não foi retido pela PF.Ao delegado, os advogados Rodrigo Sanches e Dora
Cavalcanti alegaram que o verbo destruir se referia a "estratégia
processual e não a supressão de provas". Eles explicaram que o documento
original foi levado para São Paulo, por outro advogado, onde fica a sede da
empreiteira.Para decretar a prisão dos executivos da Odebrecht, o juiz Sérgio
Moro, baseou-se, entre outras provas, em outros e-mails trocados entre Marcelo
Odebrecht e Roberto Prisco, nos quais é mencionado o pagamento de propina de
US$ 25 mil por dia para operação de sondas de perfuração da Petrobras.
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