A sessão plenária desta terça-feira (23), na Câmara
Municipal de Natal, foi palco de discussão acalorada entre os vereadores Júlio
Protásio (PSB) e Marcos Antônio (PSOL). Os dois trocaram acusações sobre
desvios éticos. A discussão ocorreu durante a votação dos vetos do prefeito ao
Projeto de Lei da Licitação dos Transportes Públicos.O vereador do PSB cobrou
da Comissão de Ética da Casa, presidida pelo vereador Joanilson de Paula Rego
(PSDC), celeridade no julgamento do processo que investiga o seu colega, que
teve um funcionário do gabinete flagrado, em vídeo, cobrando mensalinho dos
demais comissionados.
A discussão começou quando Marcos acusou vereadores de ter
“rabo preso”. Júlio, então, disse que o parlamentar deveria tocar fogo em
muitos “rabos” do legislativo municipal. O parlamentar do PSOL replicou,
lembrando que o pessebista foi condenado na Operação Impacto.Essa foi a deixa
para que Júlio levasse o assunto do mensalinho, até então pouco mencionado, ao
plenário. “Meu processo vai ser apreciado pela Justiça. Fui condenado e tive o
direito de recorrer, o que fiz. Já vossa excelência teve funcionário recolhendo
mensalinho dos seus cargos comissionados e isso precisa ser julgado”, rebateu.Protásio
foi mais enfático e lembrou que o mesmo funcionário gravado no vídeo cobrando o
mensalinho foi promovido por Marcos, passando a ganhar um salário mais alto.
“Vossa excelência está metendo a mão no bolso dos seus assessores. É um sujo,
imundo, que toma dinheiro dos seus funcionários”, acusou Júlio.
O pessebista disse ainda que não sossegará enquanto o
processo de Marcos não for levado a plenário. “Vamos juntos ao Ministério
Público, para que investigue, e à Comissão de Ética da Câmara para dar celeridade
ao processo, que precisa ser julgado. Não será engavetado. Irei cobrar isso”,
afirmou.Marcos disse que as acusações são “leviana” e ameaçou abrir processo
contra o colega na mesma comissão para que ele prove as acusações. Durante a
discussão, alguns vereadores se sentiram incomodados. Luiz Almir (PV) pediu
para que voltassem a debater os vetos. Eleika Bezerra (PSDC) comunicou que se
ausentaria para rezar.
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