quarta-feira, 24 de junho de 2015

Protásio pede celeridade em julgamento do mensalinho de Marcos Antônio

A sessão plenária desta terça-feira (23), na Câmara Municipal de Natal, foi palco de discussão acalorada entre os vereadores Júlio Protásio (PSB) e Marcos Antônio (PSOL). Os dois trocaram acusações sobre desvios éticos. A discussão ocorreu durante a votação dos vetos do prefeito ao Projeto de Lei da Licitação dos Transportes Públicos.O vereador do PSB cobrou da Comissão de Ética da Casa, presidida pelo vereador Joanilson de Paula Rego (PSDC), celeridade no julgamento do processo que investiga o seu colega, que teve um funcionário do gabinete flagrado, em vídeo, cobrando mensalinho dos demais comissionados.

A discussão começou quando Marcos acusou vereadores de ter “rabo preso”. Júlio, então, disse que o parlamentar deveria tocar fogo em muitos “rabos” do legislativo municipal. O parlamentar do PSOL replicou, lembrando que o pessebista foi condenado na Operação Impacto.Essa foi a deixa para que Júlio levasse o assunto do mensalinho, até então pouco mencionado, ao plenário. “Meu processo vai ser apreciado pela Justiça. Fui condenado e tive o direito de recorrer, o que fiz. Já vossa excelência teve funcionário recolhendo mensalinho dos seus cargos comissionados e isso precisa ser julgado”, rebateu.Protásio foi mais enfático e lembrou que o mesmo funcionário gravado no vídeo cobrando o mensalinho foi promovido por Marcos, passando a ganhar um salário mais alto. “Vossa excelência está metendo a mão no bolso dos seus assessores. É um sujo, imundo, que toma dinheiro dos seus funcionários”, acusou Júlio.
O pessebista disse ainda que não sossegará enquanto o processo de Marcos não for levado a plenário. “Vamos juntos ao Ministério Público, para que investigue, e à Comissão de Ética da Câmara para dar celeridade ao processo, que precisa ser julgado. Não será engavetado. Irei cobrar isso”, afirmou.Marcos disse que as acusações são “leviana” e ameaçou abrir processo contra o colega na mesma comissão para que ele prove as acusações. Durante a discussão, alguns vereadores se sentiram incomodados. Luiz Almir (PV) pediu para que voltassem a debater os vetos. Eleika Bezerra (PSDC) comunicou que se ausentaria para rezar.

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