Mergulhadores localizaram quatro raias mantas gigantes em
uma região conhecida como Parcel Dom Pedro 2°, no litoral sul do Estado de São
Paulo. Este é o primeiro registro histórico da espécie (Manta birostris)
naquela área, popular entre os praticantes da caça submarina. Os animais já
foram catalogados no Banco Brasileiro de Mantas (BBM).
O encontro foi feito
após pescadores da região entrarem em contato com o Instituto Laje Viva, que
mantém o projeto Mantas do Brasil, patrocinado pela Petrobras.
Além dos registros fotográficos realizados nas últimas duas
semanas, os mergulhadores coletaram o muco que envolve o animal. A substância
contém material genético (DNA) e serve para que os cientistas façam uma análise
biológica de cada espécime. Os animais, batizados pelo projeto de
"Mangini", "Oceanógrafo", "Juju" e
"Maroca", foram identificados pelas manchas que possuem na região da
'barriga', que funciona como uma espécie de código de barras.
Há dois anos que a pesca predatória de raias mantas está
proibida devido ao risco de extinção da espécie. "A lei prevê sanções aos
pescadores que trouxerem a bordo de suas embarcações o animal morto, ainda que
por acidente", diz a coordenadora geral do projeto, Ana Paula Balboni
Coelho. O projeto Mantas do Brasil foi criado há cinco anos para auxiliar na
preservação da espécie. Para isso, biólogos e voluntários realizam programas de
educação ambiental em escolas da Baixada Santista e formação gratuita de
mergulhadores, profissionais ou amadores, para a identificarem o animal com uma
foto do ventre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
sua postagem será publicado após aprovação