O delegado Olavo Dantas de Medeiros Junior, da Polícia Civil
do Rio Grande do Norte, foi preso na manhã desta quarta-feira (8) por suspeita
de fraudes no Instituto da Previdência dos Servidores do Rio Grande do Norte
(Ipern). O policial e mais quatro pessoas, também detidas durante operação, são
suspeitos de montarem esquema para fraudar o recebimento de pensão de um
auditor fiscal do estado, falecido em 2010. A operação que resultou nas prisões
foi batizada de "Prata da Morte". Segundo a investigação da Polícia
Civil, a quadrilha articulou um plano para que uma mulher, ex-cuidadora do
então auditor fiscal aposentado, forjasse uma união civil entre ela e o idoso,
que havia falecido há seis meses. Para conseguir viabilizar o documento, a
quadrilha contava com a colaboração de uma advogada, de uma estelionatária que
se passava por advogada, do filho do auditor e da própria cuidadora, que
consentiu na falsificação do documento de união estável. De acordo com a
polícia, a pensão passou a ser paga para a cuidadora e dividida entre os
membros da quadrilha.
O esquema ocorreu pelo menos a partir de 2010. A pensão era
de aproximadamente R$ 18 mil e, desse valor, R$ 3 mil ficava com a cuidadora e
mais R$ 3 mil com o filho do auditor falecido. Somente com esse caso, o
prejuízo aos cofres públicos foi de aproximadamente R$ 500 mil. Contudo, há a
suspeita de que o delegado, a advogada e a estelionatária tenham atuado em pelo
menos mais 30 casos semelhantes. Não está descartada, inclusive, a participação
de membros de dentro do Ipern. Para as prisões, a polícia apresentou como
provas movimentação bancária dos envolvidos e filmagens dos encontros dos
supostos envolvidos. As cinco pessoas detidas tiveram decretada prisão
temporária por cinco dias, mas há a possibilidade de extensão, caso seja
necessária para a condução da investigação. Além das prisões, também foram
apreendidos veículos dos suspeitos.
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