O juiz João Eduardo Ribeiro de Oliveira, da Comarca de
Touros, determinou, em caráter liminar, que o Banco do Brasil S/A. se abstenha
de reter mais de 30% do soldo que recebe um cidadão até o final da ação
judicial. A decisão deve ser cumprida no prazo de 48 horas, a partir da sua
intimação. Para o caso de descumprimento da decisão, foi fixada multa única no
valor de R$ 5 mil.Na ação judicial, o autor pediu para que sejam restituídos
imediatamente os valores supostamente retirados indevidamente da sua
conta-salário, tendo como referência aos meses de fevereiro, março e abril de
2015, bem como que o banco se abstenha de proceder com a retenção de mais de
30% do salário até que findado todos os empréstimos realizados.
O magistrado que julgou o pedido do autor constatou que este
juntou aos autos extratos bancários de conta-salário, os quais consubstanciam a
verossimilhança do seu pleito. “A análise superficial dos documentos acostados
demonstra que está havendo desconto da conta-salário do demandante acima da
margem legal permitida, qual seja, 30%, por se tratar de verba de natureza
alimentar do seu soldo”, comentou.
Para ele, o perigo da demora está configurado pela própria
natureza alimentar do soldo do autor, em razão de que, com a retenção do valor
integral do seu soldo não há como ele prestar a subsistência de sua família.
Ele considerou também que não há, em outro pórtico, o perigo inverso da demora,
haja vista que o banco pode, em caso de improcedência, restabelecer os
descontos acima da margem dos 30%.Quanto ao pedido liminar de imediata
restituição dos valores supostamente retidos indevidamente da conta-salário do
autor, por se tratar de questão de mérito, o magistrado deixou para apreciar
por ocasião de sentença.
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