Com um trabalho diário de desospitalização responsável, uma
equipe multidisciplinar que realiza visitas regulares aos cinco pavimentos de
enfermarias do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG) tem obtido sucesso em
regular pacientes da maior unidade de saúde pública para atendimentos do trauma
no Rio Grande do Norte (RN). Na última quarta-feira (9), foram regulados cinco
pacientes para o anexo do HMWG no Hospital João Machado (HJM), um para o
Hospital Coronel Pedro Germano, três para o Hospital Ruy Pereira, um para o
hospital da cidade de origem do paciente, um recebeu alta, três para a Clínica
Paulo Gurgel e três para as enfermarias do HMWG, totalizando 17
regulações. A atividade foi implantada
há cerca de dois anos,
atingiu seu ápice durante o mês de junho, quando o
corredor da clínica médica ficou vazio, completamente livre de macas. Porém,
devido a um atraso nos pagamentos realizados as unidades contratadas para a
realização de cirurgias eletivas de ortopedia (Clinort e Hospital Memorial), o
serviço foi interrompido no último domingo. Desde então, pacientes em macas
voltaram a ocupar a área de circulação da clínica médica. Na manhã desta sexta-feira (10), 15
pacientes permaneciam internados no corredor de clínica médica. Após a atuação
do Núcleo Interno de Regulação (NIR) três pacientes foram realocados de maneira
adequada, em um leito, no setor de observação II. Dos 12 que permaneceram na
área de circulação, sete estão internados pela especialidade de ortopedia. De acordo com a diretora geral do HMWG,
Maria de Fátima Pereira Pinheiro, o retorno de pacientes novamente ocupando macas
em corredor, ainda é reflexo da paralisação dos serviços de cirurgias clínicas
eletivas ortopédicas pelo Hospital Memorial e Clinort, desde o último domingo.
“Quando as cirurgias eletivas acontecem, a transferência dos pacientes é
regular e as enfermarias ficam com leitos vagos. Então é possível transferir os
pacientes dos corredores para os andares, onde eles sempre deveriam ter estado.
Corredor é para andar, não para internar ninguém”, explica. Fátima, no entanto, faz uma ressalva de que
não somente os casos ortopédicos impactam no alto número de atendimentos do
hospital. “A clínica médica também nos sobrecarrega, tanto do interior, quanto
de Natal (que ainda não possui um hospital próprio)
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