O Faceglória, a rede social voltada para o público
evangélico, foi notificada extrajudicialmente para mudar nome e endereço da
rede social. Segundo o portal G1, a notificação partiu do escritório de
advocacia Danneman Siemsen Advogados, que cuida das questões relativas a
propriedade intelectual para o Facebook. O documento foi encaminhado em 01 de
julho à empresa Alpha Atlantic, responsável pela gestão de marcas e patentes,
no Brasil e no exterior
Os advogados acusam o Faceglória de copiar o site de Mark
Zuckerberg, em estilização e aparência.
Eles solicitam que os usuários do site evangélico sejam direcionados para outro
endereço, que não contenha as palavras "Face" ou "Book", ou
ainda, qualquer logo que seja utilizado pelo Facebook. O objetivo é não criar
nenhum tipo de associação entre os dois sites. O prazo para uma resposta formal
é de 7 dias. Vencido o prazo, o escritório de advocacia diz que tomará as
medidas cabíveis para defender a reputação de seu cliente.
O Faceglória surgiu em junho, durante a Marcha para Jesus,
em São Paulo, com o objetivo de servir como uma alternativa evangélica para
aqueles que estão insatisfeitos com o Facebook. Esta rede social criou polêmica
ao proibir beijo gay. Porém, a exibição de mulheres de biquíni é permitida.Vale
ressaltar que, apesar de ter aparecido para o mundo gospel em junho, a marca
Faceglória está registrada no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual
(INPI), desde 2012. Todavia, o Facebook também possui registros da marca, no
INPI, um total de 15, de 2005 a 2009. Este é um dos argumentos utilizados pela
advogada Sandra Leis, que assina a notificação. Segundo ela, a marca Faceglória
infringe a Lei de Propriedade Industrial porque além de reproduzir, mesmo que
parcialmente, uma marca notória como o Facebook (1,44 bilhão de usuários), esta
rede social evangélica protege serviços idênticos àqueles do Facebook.
Acir dos Santos (ou Acir Filló, como é conhecido), um dos
criadores da mídia evangélica, acredita que o Facebook está incomodado com a
repercussão internacional do Faceglória, pois ela já possui 100 mil usuários e
logo, segundo Acir, terá 1 milhão. Para ele, Zuckerberg tem uma posição
autoritária quando manda que ele abandone a marca Faceglória e o compara a
Mussolini (ditador italiano).
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