O plenário do Senado aprovou hoje (13) a Medida Provisória
671/2015, que trata da renegociação das dívidas fiscais e trabalhistas dos clubes
de futebol. O texto foi aprovado na forma do projeto de lei de conversão
enviado pela Câmara dos Deputados. A MP segue para sanção da presidenta Dilma
Rousseff.O projeto prevê que os clubes poderão parcelar débitos com o governo
em até 240 meses, pagando pelo menos 50% nos primeiros dois anos, 75% até o
quarto ano e 90% até o quinto ano. O restante será pago no sexto ano.
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) devido aos
jogadores poderá ser parcelado em 180 meses. Eles perderão o parcelamento se
atrasarem mais de três parcelas. O financiamento será corrigido pela taxa
Selic.MP do Futebol: clubes e CBF acertam com Renan votação para hojeMP é só o
primeiro passo para resolver problemas do futebol, diz especialistaEm
contrapartida, as agremiações esportivas deverão cumprir regularmente os
contratos de encargos, inclusive o direito de imagem, dos jogadores contratados
e comprometer no máximo 80% da receita bruta anual com isso.Além disso, os
clubes terão de modificar seus estatutos, de modo a prever a possibilidade de
afastamento e inelegibilidade dos dirigentes que praticarem gestão temerária.
Também terão de estabelecer mandato de até quatro anos, com apenas uma
recondução para presidentes, publicar balanços, conceder autonomia aos
conselhos fiscais e investir no futebol feminino.O projeto também tipifica como
gestão temerária a prática de desvio de finalidade na gestão, assumir risco
excessivo ou desnecessário, tomada de medidas em proveito próprio, colocar o patrimônio
do clube em risco, tirar vantagens pessoais ou familiares indevidas, praticar
nepotismo na celebração de contratos, cercear o direito de informação dos
sócios e produzir déficit superior a 20%.A MP estabele ainda que os gestores,
ao deixar a direção dos clubes, deverão cumprir quarentena, podendo ser
responsabilizados por eventuais ações de gestão temerária por meio do controle
interno das agremiações ou por ações penais e civis.A expectativa é que o
governo federal arrecade R$ 165 milhões por ano com o pagamento das dívidas dos
clubes de futebol, totalizando R$ 4 bilhões com a conclusão do financiamento.
Esse valor não inclui pagamento de dívidas trabalhistas ou empréstimos tomados
com bancos públicos.
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