A Câmara dos Deputados manteve hoje (18) o veto ao reajuste
dos benefícios de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Serviço
Social (INSS) pelo mesmo percentual aplicado ao salário mínimo. Foram 211 votos
contrários ao veto e 160 a favor. Para que o veto fosse derrubado seriam
necessários 257 votos.Como o veto foi mantido pelos deputados, não houve
necessidade de votação entre os senadores. De acordo com dados apresentados
pelo governo, estender as correções para aposentadorias representaria gasto
adicional de R$ 300 milhões em 2016 Ao sancionar o projeto de lei de conversão
da Medida Provisória 672/15, convertendo-a na Lei 13.152/15, a presidenta Dilma
Rousseff vetou a extensão da atual política de valorização do salário mínimo às
aposentadorias e pensões maiores que um mínimo. Para o salário mínimo, a regra
vigente foi prorrogada até 2019.Dessa forma, aposentados e pensionistas que
recebem mais de um salário mínimo continuarão contando apenas com a reposição
da inflação, sem nenhum ganho real.O salário mínimo é reajustado pela variação
positiva do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes mais o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior.
O reajuste aprovado pela Câmara foi ratificado pelo plenário
do Senado em julho deste ano. Na oportunidade, a discussão da medida provisória
gerou debates acalorados no plenário do Senado. O governo não queria a
aprovação do texto com a emenda da Câmara, que estendia aos aposentados o
direito ao mesmo reajuste do salário mínimo concedido aos trabalhadores,
alegando que causará impacto sobre as contas da Previdência.Antes da votação no
Senado, o líder do governo na Casa, Delcídio Amaral (PT-MS), criticou a emenda
aprovada pela Câmara. Segundo Delcídio informou à época, a aprovação de emendas
como essa, que têm impacto nos gastos públicos, “coloca por terra” o esforço do
ajuste fiscal que tem sido feito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
sua postagem será publicado após aprovação