Um dos líderes do acampamento que está em frente ao
Congresso Nacional e que defende a deposição do governo e a “intervenção
popular”, Felipe Porto, afirmou nesta quinta-feira, 19, que não há chances de
que o movimento deixe o local de forma pacífica.“Vamos resistir. Estamos
armados e se houver isso (retirada) vai ter uma carnificina aqui”, afirmou.No
gramado em frente ao Congresso há pelo menos quatro grupos distintos acampados,
a maioria pedindo a saída da presidente Dilma Rousseff.O grupo a que Felipe
pertence, denominado “Ocupa Brasília”, é composto majoritariamente por
ex-militares e ex-policiais. Por isso, afirmam, estão armados legalmente.Não há
reforço policial no momento. O governador do Distrito Federal, Rodrigo
Rollemberg, está reunido neste momento com os presidentes da Câmara, Eduardo
Cunha, e do Senado, Renan Calheiros, para tentar articular a retirada de todos
os acampamentos.
Na quarta-feira, 18, foi registrado conflito na área entre
membros do grupo de manifestantes militares e integrantes da Marcha das
Mulheres Negras. Foram registrados tiros e dois manifestantes foram presos.Porto
diz que o objetivo do grupo é fazer uma “deposição total dos Três Poderes”.
“Não defendemos a intervenção militar e sim a intervenção popular”, afirmou.
Questionado sobre como funcionaria essa deposição, Porto disse que com o apoio
do Exército.O grupo de Porto é o mesmo responsável pela manifestação de domingo,
dia 15 de novembro, para “defender a pátria”. O protesto, entretanto, teve
baixa adesão.Porto disse que apesar de poucos adeptos o grupo tem condições de
“chamar reforço armado” caso haja confronto. “O cenário de guerra está armado”,
ameaçou.
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