As inundações e cheias de rios provocadas pelas fortes
chuvas dos últimos dias deixaram milhares de desabrigados na Argentina,
Uruguai, Paraguai e no sul do Brasil. Pelo menos duas pessoas morreram ontem na
Argentina, incluindo uma criança. “Essa inundação parece ser uma das mais
complicadas da história”, disse o ministro do Interior argentino, Rogelio Frigerio.Na
Argentina, as províncias mais afetadas são Chaco, Formosa, Corrientes, Entre
Ríos e Santa Fé, perto da fronteira com o Paraguai. “O problema maior será quando
as águas baixarem”, afirmou o governador de Corrientes, Ricardo Colombi. O
governo da Argentina já criou uma “comitê de crise” para avaliar a situação.
Quase 20 mil pessoas estão desabrigadas no país.
Com a cheia do Rio Paraguai, a situação na capital
paraguaia, Assunção, também é complicada. Neste sábado, o rio estava com uma
altura de 7,82 metros, muito acima do nível médio de 4,3 metros poucos meses
atrás. No país, já são mais de 100 mil desabrigados. Na pequena cidade de
Alberdi, todos os 7 mil habitantes foram retirados de sua casa, em função do
perigo de rompimento do muro de contenção que impede a água de inundar o
povoado.No Uruguai, as últimas informações do Sistema Nacional de Emergências
apontam 9.083 desabrigados, muitos deles na província de Artigas. O Rio Quaraí,
na fronteira com o Brasil, transbordou em vários pontos.No Brasil, a presidente
Dilma Rousseff sobrevoou na manhã deste sábado as áreas afetadas pelas chuvas
no Rio Grande do Sul e se reuniu com prefeitos gaúchos para ouvir as principais
necessidades dos moradores. Ela prometeu ajuda ao Estado e disse que é preciso
retirar, de forma permanente, as pessoas das áreas de risco. As enchentes dos
últimos dias castigaram principalmente a Fronteira Oeste e a Região Central do
Estado, deixando milhares de pessoas fora de casa durante o Natal.
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