O Ministério Público do Rio Grande do Norte, por intermédio
da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público da Comarca de Natal,
torna pública nota à imprensa na qual presta esclarecimentos sobre a prisão de
pessoas que tentaram fraudar licitação para os restaurantes populares na última
sexta-feira (18), na Secretaria Estadual de Trabalho, Habitação e Assistência
Social (Sethas).A Promotoria de Justiça do Patrimônio Público esclarece que a
prisão foi embasada em depoimento e gravação de vídeo que disponibiliza em seu
portal na internet e demonstra a ocorrência de combinação de preços de pelo
menos sete empresas, representadas por oito empresários, além do pagamento de
dinheiro para que outras firmas desistissem de participar do pregão.O
Ministério Público Estadual reitera o entendimento de que a situação era de
prisão em flagrante, na medida em que as pessoas presas participavam da sessão
na qual apresentavam propostas previamente combinadas.
Confira abaixo a nota à imprensa.E confira aqui o vídeo disponibilizado no qual mostra o ajuste entre os empresários licitantes.
A principal
testemunha do caso antecipou qual seria, dentre os 11 (onze) lotes, aquele em
que cada uma das 07 (sete) empresas apresentaria a melhor proposta, o que foi
ajustado entre os empresários no dia anterior à licitação, fato que foi
integralmente confirmado após a abertura dos respectivos envelopes, resultando
exatamente no que tinha sido revelado pela testemunha.Na decisão que relaxou a
prisão em flagrante de 04 (quatro) empresários foi expressamente assinalado que
eles “participaram do certame” e que “tais fatos, bem assim a apresentação de
propostas de valores próximos, entretanto, são passíveis de apontar para indícios
de autoria ou participação nos delitos suso mencionados”, demonstrando assim
que, mesmo liberados, não estão isentos de serem responsabilizados.
Também foi
determinado na decisão que os outros 04 (quatro) empresários fiquem suspensos
“do direito de participar de processos licitatórios perante a administração
pública, ate´a sentença”. O Ministério
Público reitera o entendimento de que a situação era de prisão em flagrante, na
medida em que todos os empresários presos estavam na sessão de licitação
apresentando as propostas previamente combinadas entre si, de modo que, embora
depositando todo respeito aos termos da decisão, será interposto o recurso
cabível para o caso.
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