A crise administrativa no município do Natal poderia ter sido muito mais grave. De acordo com o prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT), a situação financeira da cidade foi ameniza graças a uma consultoria realizada antes mesmo dos primeiros sinais de desaceleração econômica do país.
“Fizemos a reforma administrativa sem aumentar impostos e taxas. Conseguimos fazer essa travessia e quando chegou 2015, o Brasil nessa situação a gente já estava vivendo a consequência dessa situação. Estaríamos vivendo um caos financeiro absoluto. Se eu não tivesse tido a experiência que tive de ter sido prefeito de Natal antes, aguentar o que assumi e viver a crise econômica, seria impossível. O que está ajudando é a nossa experiência, o conhecimento da estrutura, da cidade”, disse o prefeito.
O chefe do executivo municipal disse que foi preciso realizar cortes elevados para evitar o repasse ao cidadão. “A prefeitura está chegando ao final de 2015 sem aumentar impostos e sobrevivendo a duras penas. Naquela oportunidade levamos a efeito uma reforma administrativa. Revisamos todos os contratos e reduzimos coisas drásticas. Telefonia, 90%. Carros alugados, 45%. Aluguéis, entregamos casa e tudo que poderia ser devolvido sem fazer falta ao funcionamento da administração”, relatou Carlos Eduardo Alves.
Apesar das medidas, o prefeito sinalizou novos ajustes nas contas do município. “Em 2013 tínhamos um problema de gestão e responsabilidade. Porque receita nós tínhamos. Agora o problema é de receita. A recessão econômica levou a queda na arrecadação de impostos, nós sofremos com o ICMS. O FPM houve queda só esse mês de 36%. De janeiro a outubro, tivemos uma perda de R$ 166 milhões de reais”, explicou.
Carlos Eduardo desconversou quais novas medidas serão tomadas, mas informou que provavelmente o anúncio das novas decisões será feito em dez dias. “No máximo em 10 dias estou anunciando novos cortes na prefeitura. Novas medidas administrativas que vão levar o racionamento dos gastos da prefeitura. Está se fechando o estudo porque vai ser executado em janeiro”, prometeu.
Segundo o prefeito, mais uma vez a escolha foi de reduzir novamente as despesas administrativas para que não seja necessário repassar o ônus aos contribuintes em 2016. “A crise continua e quanto mais ela se alonga, mais vai trazendo seus efeitos deletérios nas finanças. Nós vamos anunciar o corte, uma vez que a prefeitura se recusa a aumentar impostos e taxas”, declarou.
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