Mais uma delegacia é fechada por falta de estrutura em Natal. A 11ª DP, localizada em Cidade Satélite, foi interditada ontem pela Defesa Civil e Vigilância Sanitária (Covisa). O principal motivo para a medida seria o risco de desabamento do teto do local, que está escorado com vigas de madeira. As atividades da delegacia, que abrange a população dos bairros de Pitimbu, Planalto e Guarapes, foram transferidas para a 8ª DP, em Cidade da Esperança, Zona Oeste de Natal.
Moradores e trabalhadores estão temerosos com a insegurança que assola a região. “É uma grande perda. A criminalidade está muito grande por aqui. Com a delegacia fechada, a tendência é aumentar”, contou José Iranildo, 32, funcionário de um lava-jato que fica defronte à antiga DP. Mesmo com a presença de uma distrital, há quem ainda permanecesse com a sensação de medo. “Mesmo com a delegacia não me sentia segura, imagine agora que não temos mais”, relatou Wanderleia Lima, 24, moradora do bairro Planalto.
Essa é a terceira delegacia distrital fechada em dois anos e meio. Em julho de 2013, a 7ª DP, no bairro das Quintas, Zona Oeste, foi interditada pela Covisa após verificação de condições insalubres aos servidores. O atendimento foi transferido para a 14ª DP, em Felipe Camarão. Já em fevereiro de 2014, foi a vez da 13ª DP, no bairro da Redinha, Zona Norte da capital, ser interditada após técnicos da Defesa Civil identificarem risco de desabamento do prédio. As atividades foram transferidas para a 9ª DP, no Panatis.
As últimas interdições revelam uma preocupante constatação. Os prédios que abrigam as delegacias não dispõem de condições mínimas de estrutura tanto para os servidores e público em geral quanto para os apenados, conforme relatou o presidente do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do Rio Grande do Norte (Sinpol/RN), Paulo César de Macedo. “Todas as delegacias possuem algum tipo de deficiência estrutural, mas as distritais estão em uma situação mais difícil”.
Dentre os principais problemas, estão a falta de manutenção hidráulica, portas e fechaduras danificadas, comprometimento da rede elétrica e surgimento de rachaduras em paredes e tetos dos prédios. “Muitos são antigos e não receberam reparos nos últimos anos”, disse Paulo. Mesmo com as precaridades, o Sinpol não registrou incidentes envolvendo o pessoal responsável pelas distritais e os presos que ocupam as celas das DP’s.
Tribuna do Norte
Nenhum comentário:
Postar um comentário
sua postagem será publicado após aprovação