
Os municípios querem a ajuda dos professores para pressionar o governo federal a conceder ao estado o complemento do Fundeb – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação.Só assim alegam que vão conseguir arcar com os custos do reajuste de 11,36% no piso nacional dos professores da rede pública.O Sindicato dos Professores – Sinte – está disposto a ajudar, mas cobra dos gestores a comprovação de que não têm condições financeiras para pagar o novo piso e manda o recado: “se tiverem condições e não pagarem, o caminho é a greve”.
De acordo com o vice-presidente da Federação dos Municípios do estado (Femurn), Ivan Júnior, que é prefeito do município de Assu, a dificuldade que existe até para pagar a folha normal vai ser ampliada com o reajuste do piso dos professores. Além disso, o estado e municípios perderam a complementação do Fundeb, fato que agrava ainda mais a situação.“Sem o reajuste estamos conseguindo, mas com o reajuste e sem a complementação ficará muito difícil cumprir o piso”, declara. Ele diz que a Femurn vai se reunir na próxima quarta-feira (20) com o sindicato para discutir o problema e pedir apoio para pressionar o governo federal afim de que conceda o complemento.“Vamos mostrar a situação em que estamos sem a complementação do fundo. Vamos pedir ao sindicato para unirmos forças e se conseguirmos o complemento não teremos problema para conceder o que é de direito dos professores”, explica o vice-presidente.Para o Sindicato dos Professores, a conta dos municípios não condiz com o que seus gestores alegam para não pagar o novo piso. A coordenadora geral do Sinte relata que, através de informações colhidas nas cidades, menos de 1% dos municípios teriam a real incapacidade financeira de bancar o novo salário do professorado. Além disso, ela conta que o estado sobrevivia sem o complemento do Fundeb e que este aporte financeiro só foi concedido por um ano.“Os municípios perderam o complemento do Fundeb, mas essa complementação só veio no ano passado. Não vamos acreditar nessa queda brusca e impacto brusco que estão anunciando”, diz Cardoso. As exigências do sindicato é de que os prefeitos enxuguem a máquina e economizem em serviços e contratos. “Mas quando pedimos a folha de pessoal, por exemplo, de contratados e comissionados, nunca nos mostram. Se os prefeitos demonstrarem verdadeiramente dentro das nossas exigências que eles não têm capacidade de pagar, a gente abarca a luta com eles. Se não, e não reajustarem, nosso caminho é a greve”, avisa Fátima Cardoso
Nenhum comentário:
Postar um comentário
sua postagem será publicado após aprovação