A Polícia Civil do Rio Grande do Norte admite que parte das
drogas comercializadas na Grande Natal vem de São Paulo, e que todo um esquema
logístico estava sendo coordenado de dentro dos presídios do estado. As
informações foram divulgadas juntamente com os números finais da operação
Barreiros, realizada nesta sexta-feira (19) pela Delegacia Especializada em
Narcóticos (Denarc) em três cidades região Metropolitana da capital potiguar e
em São Paulo. Durante um ano de investigações, mais de 100 pessoas foram presas
- 30 delas (26 homens e 4 mulheres) somente nesta sexta. Os mandados foram
cumpridos em Natal, Ceará-Mirim e Parnamirim. O grupo é suspeito de integrar
uma associação criminosa envolvida com tráfico de drogas, homicídios, roubos e
furtos.Das 30 prisões cumpridas, 13 delas foram executadas em presídios, ou
seja, suspeitos que já se encontram encarcerados receberam nova voz de prisão.
“Mesmo estando presos, eles comandavam a realização de delitos de dentro de presídios”,
ressaltou a Denarc.
“A Operação Barreiros tem esse nome porque a nossa
investigação teve início em uma comunidade chamada Barreiros, que fica na
cidade de São Gonçalo do Amarante. Descobrimos que o grupo atuador do tráfico
de drogas no município possuía ramificações em outras cidades e até mesmo fora
do estado. Um dos mandados cumpridos hoje foi efetivado contra um preso que
está em São Paulo”, revelou Ulisses de Souza, delegado da Denarc. “A droga que
estava sendo distribuída na Grande Natal era enviada de São Paulo para o Rio
Grande do Norte por este preso”, acrescentou.As investigações, ainda de acordo
com o delegado, também revelam que o grupo preso nesta sexta gerenciava o
tráfico de drogas, tanto de dentro como de fora dos presídios. “Durante todo o
período de investigação, a Denarc conseguiu apreender mais de 600 quilos de
drogas, entre maconha, cocaína e crack. Sete carros, quatro motocicletas, cinco
armas, munições, três carregadores, um maçarico e vasta contabilidade de
tráfico de drogas também foram apreendidos.Além das apreensões, a Justiça
decretou o sequestro de bens imóveis e veículos de alguns dos presos na
operação. Contas bancárias dos detidos
também foram bloqueadas. “Um dos imóveis utilizados pelos suspeitos para a
prática dos crimes era um sítio localizado na cidade de São Gonçalo do
Amarante”, revelou Ulisses.
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