O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)
mostrou que quase três mil potiguares perderam seus empregos em janeiro deste
ano. Segundo o relatório mensal, 2.944 postos de trabalho foram perdidos no
primeiro mês de 2016, número que representa “uma redução de 0,66% em relação ao
estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior”, como aponta o
documento.A atividade que mais contribuiu para esse dado foi o Comércio,
seguida de perto da Agropecuária. Fevereiro começou com 1.255 menos empregados
no setor comerciário. Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de
Natal (CDL-Natal), Augusto Vaz, janeiro costuma ser um mês onde há demissões
porque é o período posterior às festas de fim de ano.Porém, Vaz disse que não
dá para creditar o índice de desemprego a isso. “Quase não teve emprego
temporário no final do ano passado, então nem para para culpar só os
temporários.
Os números refletem o momento da economia e o comércio vem
perdendo força com fechamentos de empresas e redução das equipes”, disse.De
acordo com o representante da CDL, esse “pode ser considerado um dos piores
janeiros da história em números de demissões” e a tendência não é melhorar.
“Possivelmente os números serão piores ainda nos próximos meses devido à nossa
realidade econômica e as projeções”, lamentou Augusto Vaz.O panorama no
agronegócio também não é o dos melhores. O setor demitiu 1.053 pessoas em
janeiro, número que pode ser explicado, segundo o presidente da Federação da
Agricultura e Pecuária do RN (Faern), José Álvares Vieira, pelo fim da safra de
cana de açúcar. O mês em questão historicamente tem desligamentos de postos de
trabalho no setor rural. Mas, como ocorre na cidade com o comércio, os
produtores não estão animados para o restante de 2016. “Não tenha dúvida que o
setor vem piorando e as perspectivas não são nada boas para o resto do ano”,
adiantou Vieira. O motivo para as previsões negativas é, além do atual cenário
econômico do país, a seca prolongada no interior, situação que atinge em cheio
áreas como a fruticultura.
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