Manifestação reuniu 15 mil pessoas, segundo a organização, e foi considerada pacífica pela Sesed, que não registrou incidentes.
Mais de 15 mil pessoas participaram do protesto pedindo o impeachment da presidente Dilma e contra o ex-presidente Lula e o PT. A informação é da organização do protesto, que chegou a falar em 20 mil manifestantes.
Já a Secretaria de Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed) estimou o pico de manifestantes em 11 mil pessoas. A contagem foi realizada pela Polícia Militar e pelo Gabinete de Gestão Integrada (GGI) da secretaria.
A manifestação foi considerada pacífica, e não houve registro de qualquer incidente.
Milhares de pessoas se concentraram na Praça Cívica desde o início da tarde. O ato estava marcado para começar às 15h e teve seu ápice por volta das 17h, em seguida, o público começou a se dispersar.
Famílias vestidas de verde e amarelo, com bandeiras e cartazes declamaram palavras de ordem como “Fora Dilma”, “Fora Lula” e “Fora PT”. Foi o caso do bacharel em Direito, Igor Guilherme, de 24 anos, que ao lado de parentes fez questão de pedir a saída da presidente e lutar pelo que considera uma “busca pela liberdade”.
“Isso é importante para toda a nossa população estar aqui apoiando o impeachment. Apoiando a decisão do juiz Moro, de procurar tudo que Lula deve à nação brasileira. Roubou, tem que pagar. É melhor estar aqui com nossa família, buscando a nossa liberdade, do que ficar em casa”, disse o jovem.
As manifestações deste domingo (13) foram marcadas pela criatividade do potiguar, que protestou contra a corrupção e o governo da presidente Dilma.
Desde o tradicional boneco inflável do ex-presidente Lula travestido de presidiário, até pequenas faixas com textos irônicos ou exaltados.
Máscaras do juiz federal Sérgio Moro e do “Japonês da Federal” também foram vistas com frequência.
Já os gritos entoados em coro foram mais revoltados, sempre com as palavras de ordem “Fora Dilma”, “Fora Lula” e “Fora o PT”, principal alvo dos protestos.
Um “Pixuleco” gigante foi armado no centro da Praça chamou a atenção de quem esteve no local. Porém, como em outra ocasião algumas pessoas favoráveis ao PT chegaram a furar o boneco, dessa vez a organização contratou seguranças particulares para evitar qualquer ataque. A representação sátira do ex-presidente Lula ainda ficou isolada por um cercado para que ninguém pudesse se aproximar.
Os comerciantes aproveitaram a grande aglomeração para vender diversos produtos alusivos ao momento.
Bandeiras, faixas, pequenos bonecos e máscaras do “Japonês da Federal”, qualquer coisa valia para se destacar em meio à multidão.
Apoio a Moro
Além da revolta contra o atual governo, o apoio ao juiz federal Sérgio Moro foi maciço. O responsável pelo processo da Operação Lava Jato, que investiga crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, entre outros, por aliados do PT na Petrobras, conquistou a simpatia dos manifestantes.
Foi o caso das enfermeiras Rita Áurea e Karine Costa, e da nutricionista Selma Guedes, que estamparam orgulhosas camisas com a frase “Somos Todos Moro”. De acordo com o grupo, elas defendem a atuação “apartidária” de Moro e esperam que todos os corruptos sejam punidos, independente do partido. No entanto, políticos com maior evidência nos noticiários são lembrados. “Cunha, Lula ou Aécio”, disse Selma.
Carros de som da organização do protesto também manifestam o apoio ao juiz com palavras como "O STF todo não vale o Moro", "O juiz Moro para presidente", enaltecem o representante da Justiça Federal. Diversas faixas de apoio também podem ser vistas com facilidade.
Outras reivindicações
Um grupo de policiais federais participaram do protesto, mas com uma pauta um pouco diferente dos demais manifestantes. Um “elefante branco” inflável com a mensagem “96% de ineficiência”, eles criticaram o atual modelo de investigação através do inquérito policial e pediram a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 361, que trata de uma mudança significativa na corporação, tornado-a semelhante à organização da famosa polícia dos Estados Unidos, o FBI.
Apesar desta reivindicação específica, um dos integrantes do grupo, o policial federal aposentado Sérgio Pinheiro, elogiou o trabalho da instituição no combate à corrupção no país. “Todos os policiais federais do Brasil inteiro estão mobilizados hoje. Não contra o PT, contra Lula, é contra a corrupção. Nós estamos hoje crentes que os policiais federais estão fazendo as investigações para que o Brasil saia dessa situação de corrupção, onde políticos confundem o público com o privado. Nós hoje somos cidadãos preparados para combater a corrupção”, afirmou.
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