O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse esperar
que o Congresso reverta a redução do orçamento da educação. O MEC e o Programa
de Aceleração do Crescimento (PAC) foram asáreas mais afetadas pelo
contingenciamento de R$ 21,2 bilhões anunciado na semana passada pelo governo.
A educação perdeu R$ 4,27 bilhões.“Nesse momento de queda de receita pública, é
fundamental que o Congresso se debruce sobre a educação e, com o governo
federal, busque reverter esse contingenciamento”, disse Mercadante.O próprio
ministro da Fazenda [Nelson Barbosa] disse que o contingenciamento é
reversível. Reversível, se nós tivermos novas fontes de receita. No caso da
educação, se não tivermos novas fontes de receita, o que resta é o corte, e o
corte prejudica a expansão e a qualidade da educação”.Segundo o ministro, no
ano passado, o governo federal aplicou R$ 5 bilhões além do limite
constitucional exigido para educação. A Constituição determina investimento de
pelo menos 18% da receita da União em educação. Em 2015, foram aplicados 21%.
Estados e municípios devem usar pelo menos 25%.Mercadante aponta a
flexibilização da meta fiscal do governo como solução. Nesta semana, o governo
encaminhou ao Congresso projeto de lei que altera a Lei de Diretrizes
Orçamentárias para que o Governo Central – Tesouro Nacional, Previdência Social
e Banco Central – encerre o ano com déficit primário de R$ 96,7 bilhões. O
déficit primário é o resultado negativo nas contas do governo antes do
pagamento dos juros da dívida pública.“Ou flexibiliza o superávit, que há
projeto do governo lá, ou o impacto será muito severo na educação. Ou
encontramos novas fontes de receita, o que eu espero que possamos encontrar”, disse
o ministro.Mercadante ressaltou que o governo tem feito “mais com menos” e
destacou anúncios recentes de reformulação de programas e de vagas para
formação de professores.
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