O vice-presidente Michel Temer passou quase seis horas
reunido neste domingo (24) com o presidente da Federação das Indústrias de São
Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, que, ao sair do Palácio do Jaburu, residência
oficial do vice, disse ter apresentado um conjunto de propostas para resolver a
situação fiscal da União, sem a necessidade do aumento de impostos.Skaf, que
foi candidato derrotado ao governo de São Paulo pelo PMDB nas eleições de 2014,
negou ter sido convidado para assumir um cargo em um eventual governo Temer, e
disse que a composição de um novo gabinete não foi discutida na reunião.Sem
detalhar as propostas que apresentou a Temer, Skaf disse que “há formas de se
ajustar as contas sem o aumento de impostos e sem o prejuízo de programas
sociais.
Há muito desperdício, muitos gastos a serem evitados”. Para ele, há
espaço para uma melhor gestão de recursos pelo governo federal.“Eu não vim aqui
para pegar compromissos”, disse Skaf ao ser questionado se Temer concordaria,
caso se torne presidente, em barrar a volta da Contribuição sobre Movimentações
Financeiras (CPMF). O líder empresarial afirmou que o vice “não é a favor do
aumento dos impostos”.A CPMF é defendida pela atual equipe econômica como um
dos instrumentos para recuperar a arrecadação em queda, apesar de o Congresso
ter rejeitado a proposta.Para explicar o grande número de reuniões que Temer
tem feito nos últimos dias, Skaf disse que “é natural que ele ouça ideias,
projetos, propostas e converse com as pessoas, se for considerada a aprovação
[do processo do impeachment] na Câmara e o tempo que tem para a possível
aprovação no Senado”.
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