Cerca de 50 representantes de hotéis de Natal já assinaram o
Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Rio Grande do
Norte (MPRN), que trata da defesa e combate à exploração de crianças e
adolescentes. Em reunião realizada sexta-feira (27), no auditório da
Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ), o 81ª promotor de Justiça da Comarca de
Natal, Marconi Antas debateu com os empresários e representantes legais da rede
hoteleira da capital. "Esse crime violento faz parte de todas as camadas
sociais, seja o abuso ou a exploração sexual de crianças e adolescentes, por
isso é tão importante que os hotéis firmem esse acordo
, embora já sejam cumpridores
da legislação", destacou. De acordo com o promotor, O que foi proposto é
"é uma aproximação do Ministério Público com os hotéis para que ajudem a
fortalecer esse combate e percam o medo de multas, pois na Paraíba já vigora
TAC firmado nesses moldes há mais de cinco anos e nesse período nenhum hotel
foi executado justamente porque obedecem a lei". O diálogo com a rede
hoteleira vai continuar, afirmou o promotor de Justiça, sempre no sentido de
juntar esforços para a execução de melhores estratégias de modo que crianças e
adolescentes sejam protegidos de qualquer abuso ou exploração sexual. Desde
março passado, esse trabalho vem sendo realizado. Com os motéis, inclusive, foi
feito primeiro. Dentro do TAC estão algumas cláusulas como: reforço à proibição
do ingresso de crianças e adolescentes nos estabelecimentos, sem prévia
identificação e registro e sem acompanhamento dos responsáveis legais;
comunicação imediata ao Ministério Público e/ou Polícia Civil sobre a
ocorrência de situações suspeitas de exploração sexual de crianças e
adolescentes; fixação de cartazes com os dizeres "Este estabelecimento
está sujeito à fiscalização do Ministério Público e obrigado a denunciar os
casos de abuso, exploração sexual e tráfico infanto-juvenil. Por determinação
do próprio Ministério Público, toda a qualquer pessoa que ingresse ao recinto
deverá apresentar documento legal de identificação, registrar-se no
estabelecimento e estar acompanhada dos responsáveis legais, em caso de ser
criança e adolescente. Denuncie ao Disque 100!". Para o caso do
descumprimento das obrigações previstas nas cláusulas, os compromitentes
ficarão sujeitos ao pagamento de multa de até R$ 20 mil.
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