Em estado de calamidade pública, o sistema prisional do Rio
Grande do Norte receberá novas medidas a partir da chegada do delegado Walber
Virgolino na Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania (Sejuc). Assumindo o
lugar de Cristiano Feitosa, que agora comanda a Secretaria de Administração e
Recursos Humanos (Searh), o paraibano disse conhecer a realidade complicada que
vive o sistema e garantiu todos os esforços para melhorar a situação, mas
elencou fatores que contribuem para o caos que já está instalado no RN.“O
sistema prisional é sinônimo de tensão. Jamais deixarão de existir fugas,
mortes, motins e rebeliões, porque são pessoas perigosas que estão lá dentro.
O
sistema daqui sofre descaso há 20 anos e quem está pagando o preço é o atual
governador, além da sociedade como um todo. A missão do poder executivo é
melhorar essa situação. Tomaremos medidas urgentes para tentar amenizar essas
fugas no Estado”, afirmou o novo secretário em entrevista à InterTV Cabugi.Questionado
sobre se a cogestão de presídios seria uma das saídas viáveis para o fim da
calamidade no sistema prisional, Walber disse partilhar da possibilidade, mas
com ressalvas: “O governo do RN tem este objetivo. Eu particularmente não concordo
que todo o sistema seja privatizado, mas sei que algumas penitenciarias podem
ser modelos com uma gestão desse tipo. É uma bandeira do governador Robinson e
por ser dele eu também apoio”, completou.Somente em 2016, 205 presos
conseguiram fugir de unidades prisionais no Rio Grande do Norte. O número bate
qualquer outra estatística já registrada no Estado em anos anteriores.
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