Um grupo criminoso que atuava no Ceará fraudando benefícios
previdenciários, contratando e suspendendo empréstimos consignados de forma
indevida causou prejuízo de R$ 5 milhões à Previdência Social, informou a
Polícia Federal. O esquema é investigado pela força-tarefa previdenciária,
formada pela Polícia Federal, Ministério da Previdência Social e Ministério
Público Federal, que deflagou hoje (23) a Operação Ciranda e prendeu 16
policiais federais, com o apoio de um servidor da Previdência, cumpriu três
mandados de busca e apreensão e três de condução coercitiva.A força-tarefa
identificou três mentores do esquema de fraudes. Um deles é servidor do INSS.
Os outros são um ex-servidor e um agente externo que atuava como elo entre os
beneficiários e os servidores do órgão. Os bens dos envolvidos foram bloqueados
para ressarcimento dos valores desviados.Iniciadas em 2012, as investigações
mostraram que houve concessão de benefícios irregulares, contratação sucessiva
e suspensão de empréstimos consignados de forma irregular – a chamada “ciranda
dos consignados”. A força-tarefa estima que, caso os benefícios continuassem
ativos, causariam rombo de R$ 15 milhões aos cofres da Previdência.Os
investigados na Operação Ciranda podem responder pelos crimes de estelionato
previdenciário, formação de quadrilha, falsificação de documento público, uso
de documento falso e inserção de dados falsos em sistema de informações. As
penas para os crimes vão de 1 a 12 anos de prisão.
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