Área VIP em penitenciária é uma expressão que soa, no mínimo,
inusitada. Mas é assim mesmo que detentos da maior prisão do Brasil em
Pernambuco, o Complexo do Curado, apelidaram uma favela construída por eles no
pátio da cadeia. Inspirados pelo programa social “Minha Casa, Minha Vida”, os
presos criaram uma área “nobre” no local, que abriga cerca de 7 mil homens.De
acordo com informações a área é seleta e reservada para presos ligados ao
comando do narcotráfico local e podem pagar o “aluguel” de cerca de R$120. O
espaço é a céu aberto e oferece vantagens.
Diante da superlotação da cadeia,
aqueles que não pagam pelo “benefício” dormem na “BR”, forma como se referem
aos corredores dos pavilhões fechados.Para conseguir uma vaga na ala dos
privilegiados, o detento deve conhecer um “chaveiro”, preso que faz papel de
carcereiro, que o indica para a direção do presídio e é selecionado para
participar da favela.Este foi o cenário encontrado por juízes e advogados da
Corte Interamericana de Direitos Humanos na última semana. É a primeira vez que
membros da Corte IDH inspecionam uma prisão nas Américas. Segundo a Justiça
Global, várias áreas do complexo foram “maquiadas” para a vistoria dos juízes.
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