Crianças e adolescentes em situação de risco poderão ficar
em famílias substitutas em municípios que não tenham abrigos ou programas de
acolhimento familiar. É isso que prevê o projeto do deputado federal Rafael
Motta (PSB), na Câmara dos Deputados. Segundo o parlamentar, a intenção da
matéria é garantir a proteção e o convívio familiar aos jovens, visto que
vários municípios brasileiros não possuem abrigos.Segundo dados do Ministério
do Desenvolvimento Social, dos 5.565 municípios brasileiros, apenas 1.157
possuíam abrigos para crianças em situação de risco.
“Uma das causas para o
prestígio da família substituta deve-se ao fato de que em muitos municípios
brasileiros não existem abrigos de institucionalização, tampouco programas de
acolhimento familiar de que trata o ECA. Com esse projeto, pretendemos evitar
que a criança fique desassistida ou volte para uma situação de risco pela
ausência do poder público”, explica Rafael Motta.Segundo a proposta, que altera
o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei nº 12.010 de 3 de agosto de
2009, as famílias substitutas passa a ter igualdade a família natural ou
extensa e não prejudica os Cadastros Estaduais e Nacional de adoção.O
acolhimento familiar foi instituído como política assistencial em diferentes
países. Nos EUA e Canadá, por exemplo, o acolhimento familiar foi implementado,
ainda no século XIX. “Além disso, ao permitir a guarda por uma família
substituta, garante-se também um direito da criança e do adolescente que é a
‘convivência familiar e comunitária’, prevista na Constituição Federal”,
acrescentou o parlamentar.
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