O supercomputador Santos Dumont, inaugurado neste ano no Rio
de Janeiro e que seria utilizado para uma série de pesquisas que inclui o vírus
da zika, teve de ser desligado em meio a cortes de recursos do Laboratório
Nacional de Computação Científica (LNCC), afirmaram pesquisadores nesta
quarta-feira (22).O motivo para o corte na operação da máquina é a falta de
recursos provocada pelo contingenciamento de verbas do LNCC. Como é capaz de
rodar a uma velocidade de até 1 milhão de vezes mais rápida que a de um
notebook convencional, o aparelho consome mais energia. Estima-se que o custo
mensal de energia da máquina seja de aproximadamente R$ 500 mil.
Segundo o LNCC,
a máquina, comprada da francesa Atos/Bull, tinha um orçamento de R$ 60 milhões
este ano, incluindo o custo de aquisição e instalação. O equipamento tem
capacidade de 1,1 petaflop e é o primeiro de sua escala no país.O Ministério da
Ciência, Tecnologia e Inovação confirmou que a operação do supercomputador está
comprometida e que o LNCC sofreu um contingenciamento de cerca de 20% de seus
recursos, afetando as operações nos próximos meses. O ministério afirmou,
porém, que a máquina está operando a 30% de sua capacidade e que não foi
totalmente desligada.Em nota, o ministério acrescentou que destinou orçamento
de R$ 8 21 milhões ao LNCC, “cujo valor cobre os custos do instituto até os
próximos meses e já negocia com a área econômica uma suplementação orçamentária
de R$ 4,65 milhões, que já está em análise no Ministério do Planejamento”.“O
ministério espera que o aparelho retorne ao seu funcionamento pleno para não
prejudicar as pesquisas e projetos desenvolvidos por esse importante centro de
pesquisas”, acrescentou a pasta.
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