No início do mês, em meio às suspeitas de vazamento das provas, o procurador chegou a pedir que as provas de redação do Enem fossem canceladas. O juiz da 4ª vara da Justiça Federal no Ceará, José Vidal Silva Neto, no entanto, negou o pedido. O MPF recorre da decisão. Uma quadrilha organizada nacionalmente teve acesso antecipado às provas. Isso compromete a lisura do exame e a própria credibilidade da logística de segurança que vem sendo aplicada, afirmou o procurador.
Segundo as informações divulgadas pelo MPF, o relatório comprova que os candidatos receberam fotos das provas e tiveram acesso aos gabaritos e ao tema da redação antes do início da aplicação das provas. A conclusão ocorre após análise de celulares apreendidos durante uma operação da Polícia Federal realizada durante o exame.De acordo com a investigação, os candidatos tiveram acesso à “frase-código” da prova rosa, o que permite que mesmo candidatos com provas diferentes pudessem preencher o cartão de respostas de acordo com o gabarito transmitido pela quadrilha.Ainda segundo o MPF, apesar de dois candidatos terem sido presos em duas operações diferentes da Polícia Federal –um em Minas Gerais, e outro no Maranhão–, ambos receberam as mesmas fotos com gabaritos das provas, “deixando claro que a origem do vazamento é a mesma”, informa.A Procuradoria diz ainda que os candidatos começaram a pesquisar sobre o tema da redação, no Google, a partir de 9h38 do dia 6 de novembro. Ou seja, antes do início das provas, que ocorreram a partir das 13h30 daquele mesmo dia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
sua postagem será publicado após aprovação