Os agentes penitenciários do Rio Grande do Norte se reuniram em assembleia nesta terça-feira (13) e estabeleceram prioridades que serão pleiteadas junto ao novo governo estadual neste ano. Algumas delas são consideradas emergenciais, como a revitalização, gestão e modernização das unidades prisionais e valorização dos profissionais. De acordo com o sindicato da categoria (Sindasp-RN), um dos pontos reivindicados é a transformação da atual Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) em Secretaria da Administração Penitenciária.Além da pauta de reivindicações, o Sindasp-RN também elaborou um relatório sobre as condições em que se encontra o sistema penitenciário potiguar. Ambos serão entregues nesta sexta-feira (16) ao novo titular da Secretaria Estadual da Justiça e Cidadania, advogado Zaidem Heronildes da Silva Filho. “Os agentes continuarão o diálogo com o atual governo, mas voltarão a se reunir no dia 28 para discutirem quais avanços obtiveram com a negociação para uma posterior deliberação de um possível movimento paredista”, afirmou Vilma Batista, presidente do sincidato.“O Sistema Penitenciário é, hoje, uma das maiores e mais complexas engrenagens da gestão pública. Infelizmente, ao longo dos anos, os governantes foram tratando essa área como o lixo que precisava ser escondido debaixo do tapete. No entanto, esperamos que o novo governador, que está anunciando que será o governador da segurança, olhe com outros olhos para o sistema prisional do RN”, disse Vilma.
Plano de Cargos e Carreira
O Sindasp-RN também colocou na pauta emergencial para 2015 o envio para a Assembleia Legislativa do projeto do Plano de Cargos e Carreira da categoria. “Esse projeto está pronto, tendo até mesmo sido incluído no Plano Plurianual 2011/2015, mas que não foi enviado no governo passado. Agora, esperamos que Robinson realmente tenha a boa vontade com o servidor público, porque o servidor público, em especial os agentes penitenciários, têm tido boa vontade com o Estado”, afirmou Vilma Batista.
Ainda de acordo com a sindicalista, a área penitenciária foi a que menos recebeu investimentos dos governos passados e, por isso, a situação chegou ao limite. “Hoje, se não fosse o esforço até mesmo sobre-humano dos agentes penitenciários, teríamos um colapso. Nossa categoria praticamente é obrigada a manter o sistema penitenciário, inclusive, usando recursos próprios para cobrir deficiências do Estado”, acrescentou.
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