O Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia cassou nesta
quinta-feira o mandato do governador Confúcio Moura (PMDB) e do seu vice,
Daniel Pereira (PMDB). Por quatro votos a três, os juízes acataram a denúncia
feita pela coligação "Frente Muda Rondônia", do candidato Expedito
Júnior (PSDB), que perdeu as eleições para Moura no ano passado - o
peemedebista foi reeleito no segundo turno com 53,43% dos votos.
Segundo o TRE-RO, Confúcio responde a um processo por abuso
de poder econômico e compra de votos por ter distribuído uma grande quantidade
de alimentos para eleitores em um evento de campanha no ano passado. O
governador disse, por meio de nota, que aguarda a publicação da decisão para
entrar com recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
"O governador Confúcio Moura e o vice-governador Daniel
Pereira tranquilizam a população rondoniense em relação à decisão do Tribunal
Regional Eleitoral. O governador e o vice-governador afirmam que respeitam a
decisão e que aguardarão a sua publicação para interposição de recurso junto ao
TSE. Ao mesmo tempo em que as providências estão sendo tomadas, seguem mantidas
a agenda de governo e a continuidade do trabalho e das ações em favor dos
rondonienses", diz a nota.
Esta não é a primeira vez que Moura é acusado de cometer
irregularidades durante campanhas eleitorais. No ano passado, ele foi alvo da
Operação Plateias, da Polícia Federal, que investigava um esquema de pagamento
de propina feito por empresários para faturar contratos com secretarias do
governo. O prejuízo aos cofres do Estado ficou estimado em 57 milhões de reais.
Parte desse dinheiro teria sido usado para irrigar a campanha do governador em
2010. Na época, Moura foi intimado a ir à Superintendência da PF prestar
depoimento.
Oposição - O candidato derrotado Expedito Júnior, cuja
coligação foi responsável pela denúncia, também perdeu o mandato por uma
condenação por compra de votos proferida pelo Supremo Tribunal Federal, em
2009. A ação se referia às eleições de 2006, quando ele se elegeu senador. Com
a condenação, ele foi impedido pela Lei da Filha Limpa de participar das
eleições de 2010.
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