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O diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa),
Renato Alencar Porto, anunciou nesta quinta-feira (28), na Comissão de
Seguridade Social e Família da Câmara, que o Brasil pode ser o primeiro país do
mundo a registrar uma vacina de dengue,
o que pode ocorrer até o fim do ano. A
comissão realizou audiência pública sobre as pesquisas para a vacina de dengue.
São seis vacinas contra a dengue pesquisadas no mundo. A mais avançada delas no
Brasil, desenvolvida pelo laboratório Sanofi-Pasteur, já passou pelas três
fases de pesquisa e foi protocolada na Anvisa em março.
Segundo a diretora da empresa para a América Latina, Lucia
Bricks, já há estoque para a vacina ser usada no segundo semestre e a
capacidade de produção é de 100 milhões de doses por ano. A vacina imuniza
contra os quatro tipos de vírus da dengue e foi testada em 40 mil pessoas de 15
países. Reduziu em 60% a dengue sintomática e diminuiu em 95% a doença grave.
Instituto Butantan
A outra vacina contra a dengue está sendo desenvolvida pelo
Instituto Butantan. Segundo o diretor-substituto do instituto, Marcelo de
Franco, já está demonstrada a segurança e a extrema potencialidade da vacina.
Se as pesquisas do instituto entrarem na fase três antes do registro da vacina
da Sanofi, o processo de finalização será mais ágil.Marcelo de Franco explicou
que de acordo com as normativas da Anvisa para medicamentos, se eles
conseguirem o registro antes do Butantan ter autorização para a fase três, o
instituto terá de fazer um teste de comparação com a deles. “Então nós teríamos
que aumentar o nosso número de voluntários em quase quatro vezes, o que
praticamente inviabilizaria em termos de custos porque quadruplica o custo necessário
para fazer o estudo."Os planos originais do Instituto Butantan são testar
com até 17 mil voluntários em todo o País e, de preferência, fazer estudos
paralelos no exterior, onde o Butantan já tem dois laboratórios parceiros.
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