quarta-feira, 17 de junho de 2015

Brasil Sem Miséria, quatro anos

No final de 2010, o Brasil fechava a primeira fase de um ciclo marcado por políticas que priorizaram o crescimento com a inclusão social. E o Bolsa Família se consolidava como o maior programa de transferência de renda no mundo. Era necessário aprofundar ainda mais as políticas sociais de redução da pobreza e da desigualdade. Em junho de 2011, o governo federal lança o Plano Brasil Sem Miséria, que colocou no centro da agenda a inclusão de milhões de brasileiros que continuavam vivendo em situação de extrema pobreza.
“Só foi possível ousar e estabelecer um objetivo tão audacioso porque partimos da sólida experiência dos oito anos de inclusão proporcionados pelo Bolsa Família”, recorda a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.

Uma grande rede foi formada em todo o país, articulando ações da União, estados e municípios, com um único objetivo: enfrentar a pobreza. A construção do Plano também foi marcada pelo diálogo e pelas contribuições de amplos setores da sociedade. Mais de 100 ações foram organizadasem três eixos: garantia de renda às famílias em situação de extrema privação; oferta de oportunidades para trabalho e geração de renda no campo e na cidade; e acesso a mais e melhores serviços públicos. No Brasil sem Miséria, as políticas públicas têm abordagem multidimensional, combinando ações de transferência de renda, melhoria das condições de vida e acesso a oportunidades de ocupação e renda.
Mas ainda havia outro desafio: localizar os brasileiros extremamente pobres que continuavam invisíveis às políticas públicas. Para isso, o governo adotou a estratégia de Busca Ativa. Ao invés de as pessoas irem em busca da ajuda do Estado, o Estado passou a ir aonde as pessoas estavam. Essa ação fortaleceu ainda mais o Cadastro Único para Programas Sociais, principal ferramenta de gestão do Plano Brasil sem Miséria, contendo os dados cadastrais das famílias atendidas. As ações do Brasil Sem Miséria ajudaram a consolidar o Brasil como referência mundial em políticas públicas de combate à pobreza e às desigualdades sociais. Com o Brasil sem Miséria, cerca de 22 milhões de pessoas superaram a condição de extrema pobreza. No final de 2014, o Brasil saiu do Mapa Mundial da Fome, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). E um recente relatório do Banco Mundial confirmou que em 2013 o país já havia praticamente acabado com a extrema pobreza.

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