No final de 2010, o Brasil fechava a primeira fase de um
ciclo marcado por políticas que priorizaram o crescimento com a inclusão
social. E o Bolsa Família se consolidava como o maior programa de transferência
de renda no mundo. Era necessário aprofundar ainda mais as políticas sociais de
redução da pobreza e da desigualdade. Em junho de 2011, o governo federal lança
o Plano Brasil Sem Miséria, que colocou no centro da agenda a inclusão de
milhões de brasileiros que continuavam vivendo em situação de extrema pobreza.
“Só foi possível ousar e estabelecer um objetivo tão audacioso porque partimos
da sólida experiência dos oito anos de inclusão proporcionados pelo Bolsa
Família”, recorda a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza
Campello.
Uma grande rede foi formada em todo o país, articulando
ações da União, estados e municípios, com um único objetivo: enfrentar a
pobreza. A construção do Plano também foi marcada pelo diálogo e pelas
contribuições de amplos setores da sociedade. Mais de 100 ações foram
organizadasem três eixos: garantia de renda às famílias em situação de extrema
privação; oferta de oportunidades para trabalho e geração de renda no campo e
na cidade; e acesso a mais e melhores serviços públicos. No Brasil sem Miséria,
as políticas públicas têm abordagem multidimensional, combinando ações de
transferência de renda, melhoria das condições de vida e acesso a oportunidades
de ocupação e renda.
Mas ainda havia outro desafio: localizar os brasileiros
extremamente pobres que continuavam invisíveis às políticas públicas. Para
isso, o governo adotou a estratégia de Busca Ativa. Ao invés de as pessoas irem
em busca da ajuda do Estado, o Estado passou a ir aonde as pessoas estavam.
Essa ação fortaleceu ainda mais o Cadastro Único para Programas Sociais,
principal ferramenta de gestão do Plano Brasil sem Miséria, contendo os dados
cadastrais das famílias atendidas. As ações do Brasil Sem Miséria ajudaram a
consolidar o Brasil como referência mundial em políticas públicas de combate à
pobreza e às desigualdades sociais. Com o Brasil sem Miséria, cerca de 22
milhões de pessoas superaram a condição de extrema pobreza. No final de 2014, o
Brasil saiu do Mapa Mundial da Fome, segundo a Organização das Nações Unidas
para Alimentação e Agricultura (FAO). E um recente relatório do Banco Mundial
confirmou que em 2013 o país já havia praticamente acabado com a extrema
pobreza.
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