A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da
Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (9), em caráter conclusivo, o
Projeto de Lei 6267/13, do deputado Ricardo Izar (PSD-SP), que proíbe a
produção, a comercialização, a exibição e a circulação de filmes pornográficos
com animais. A proposta procura coibir a prática da zoofilia (sexo com
animais)
.O texto seguirá agora para o Senado, exceto se houver recurso para que
seja examinado antes pelo Plenário da Câmara.Nesta terça, Izar foi à CCJ e explicou
que, na verdade, produtores de outros países usam o Brasil para fazer esse tipo
de filme, que, apesar de proibido em muitas nações, tem mercado na internet.
“Temos outra proposta (PL 7199/10 e apensados) que criminaliza a prática de
utilizar animais para práticas sexuais. A aprovação desta tarde é o início
dessa luta”, disse.
O texto aprovado hoje foi elaborado pela Comissão de Meio
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, que retirou da proposta original a
vinculação do valor da multa a ser paga pelo infrator a partir da gravidade do
ato contra o animal e do lucro com o filme. Pelo substitutivo, o valor será
definido a critério do juiz.
Maus-tratosO relator na CCJ, deputado Antonio Bulhões
(PRB-SP), ressaltou que a proposta amplia as hipóteses de combate a maus-tratos
contra animais. “A utilização desses seres vivos em cenas de sexo com pessoas,
na produção de filmes pornográficos, viola frontalmente a vedação
constitucional a práticas que submetam os bichos à crueldade”, argumentou.Além
da multa, quem for pego comercializando esses filmes terá pena de três meses a
um ano de detenção, aumentada de 1/6 a 1/3. Atualmente, a Lei de Crimes
Ambientais (9.605/98) prevê essa punição para os casos de abuso ou maus-tratos
seguidos da morte do bicho.
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