O Ministério da Justiça informou nesta quarta-feira (10) que
a Itália autorizou a extradição do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique
Pizzolato a partir do próximo dia 15. Condenado pelo Supremo Tribunal Federal
(STF) no julgamento do mensalão, ele fugiu para o país europeu e o governo
brasileiro pediu sua extradição.
Conforme o Ministério da Justiça, o governo brasileiro tem
20 dias a partir do dia 16 para trazer Pizzolato de volta. Segundo a pasta,
mesmo que ele entre com recurso no Conselho de Estado, o processo não será
paralisado, a menos que a Justiça Italiana emita liminar suspendendo a
extradição.
Fuga e prisão
O ex-diretor do Brasil fugiu para a Itália em 2013, antes de
ser expedido seu mandado de prisão pela condenação no processo do mensalão do
PT. Declarado foragido, ele foi encontrado em 2014 e preso pela Interpol em
Maranello, município do norte da Itália. Após Pizzolato ser detido, o governo
brasileiro pediu sua extradição à Justiça italiana.
A solicitação do Brasil foi negada na primeira instância
pela Corte de Apelação de Bolonha, mas, depois de a PGR protocolar um recurso,
a Corte de Cassação de Roma acatou a extradição em fevereiro deste ano.Num novo
decreto de extradição, a Itália deverá informar ao Brasil o lugar e a data a
partir da qual a entrega do ex-diretor do BB poderá ser realizada. Um tratado
internacional também permite que o Brasil envie à Itália, com prévia
concordância, agentes devidamente autorizados para conduzirem Pizzolato de
volta ao país.
Leia abaixo a íntegra da nota divulgada pelo Ministério da
Justiça:
Brasília, 10/6/2015 - O governo italiano autorizou a
extradição de Henrique Pizzolato a partir do dia 15 de junho. As autoridades
brasileiras estarão prontas para cumprir imediatamente o processo de
extradição, salvo alguma decisão que altere o prazo estabelecido.
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