Tornar a Segurança Pública uma competência também para os
Municípios não parece agradar os senadores. Alguns deles manifestaram
contrariedade à questão durante debate sobre a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 33/2014. A matéria chegou ao Plenário do Senado e determina que
a Segurança passaria a figurar no artigo 23 da Constituição - nas competências
comuns dos entes federados.Em discursos, alguns parlamentares lembraram da
XVIII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, que ocorreu na última semana.
Em geral, eles chamaram a atenção para a crise dos entes municipais e
reforçaram que esta PEC pode piorar ainda mais a situação.
O senador Waldemir Moka (PMDB-MS) ressaltou que uma das
reivindicações do movimento municipalista apresentadas na Marcha era não criar
mais atribuições sem fontes de financiamento. E ainda, que o presidente da
Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), se comprometeu: o Senado atenderá esse pedido.
Emenda
A PEC também altera o artigo 24, que trata dos assuntos que
a União, os Estados e o Distrito Federal podem legislar. Contra essas mudanças,
os senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e Simone Tebet (PMDB-MS)
apresentaram emendas que excluem esse novo encargo aos Municípios.Esta emenda
tem apoio de vários senadores, como Benedito de Lira (PP-AL). “Entendemos que
os Municípios não têm a menor condição de ser coparticipantes dessa atividade.
Os Municípios já atravessam inúmeras dificuldades”, destacou o parlamentar.A
senadora Roberto Rocha (PSB-MA) apresentará emenda para prever que a União
coloque recursos necessários que viabilizem a responsabilidade comum entre os
entes.Segundo o Regimento Interno, a PEC 33/2014 ainda será debatida em quatro
sessões e depois deverá ser votada em dois turnos no Plenário antes de seguir
para a Câmara dos Deputados.
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