O Fundo de Participação dos Municípios (FPM) foi tema de uma
reunião entre o deputado Danilo Forte (PMDB-CE) e o presidente da Câmara dos
Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-CE). Forte, que também preside a Comissão
Especial do Pacto Federativo na Casa, demonstrou preocupação com o texto atual
e seus efeitos negativos para milhares de cidades brasileiras.
Em seu discurso, o parlamentar fez uma breve retrospectiva
da conquista que o aumento do 1% do Fundo representou para os Municípios
brasileiros. Todavia, ele alertou: “os Municípios não estão sendo atendidos da
forma como foi aprovado e acordado com o governo”.Forte prosseguiu a fala e
comentou sobre o que a Confederação Nacional de Municípios (CNM) também havia
notado. “A ideia era um aumento de 1%, sendo 0,5% liberado agora em julho de
2015 e 0,5% em julho de 2016. A partir daí, seria incorporado 1% ao aumento do
FPM. Acontece que a área econômica entendeu que 0,5% seria relativo apenas à
arrecadação do primeiro semestre de 2015, o que significaria apenas meio
semestre e não os 12 meses (julho de 2014 a junho de 2015) como o acordado com
o governo.Como argumenta a entidade, essa mudança vai retirar dos Municípios um
valor de R$ 1 bilhão no primeiro repasse da Emenda Constitucional (EC)
promulgada pelo Congresso Nacional. Isso irá prejudicar seriamente os
Municípios, que poderão perder metade do previsto e que tinham direito.
Equilíbrio nas finanças
Forte defendeu que é preciso encontrar um equilíbrio entre o
Tesouro Nacional e os Municípios. “É necessário que nós procuremos construir
outra equação para que os Municípios não fiquem prejudicados. A reposição no
ano que vem da parte deste ano não pode ser feita do ponto de vista contábil,
porque o Orçamento não pode esperar de um ano para o outro”, explicou.
Próxima reunião
Na terça-feira, 7 de julho, a Comissão Especial do Pacto
Federativo estará reunida novamente, dessa vez com a participação das entidades
municipalistas na tentativa de chegar a um acordo capaz de não prejudicar os
Municípios.Forte pediu a compreensão do presidente da Câmara com o tema e
também apoio para levar a discussão adiante. “Dessa forma que estão fazendo,
nesses dois anos, em vez de ter 1% do FPM os Municípios só terão aumento de
0,5%”, salientou.A Confederação irá participar dos debates da Comissão e espera
que o encontro possa produzir uma resposta concreta aos gestores municipais.
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