No Brasil, 64% da população, ou 86,3 milhões de pessoas, têm
conta no banco. Esse número subiu cinco pontos porcentuais, em comparação com o
ano passado. Esse é a maior quantidade de correntistas registrada entre os
brasileiros em nove anos. Esse avanço é graças à formalização do mercado de
trabalho, diz a Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ),
autora da pesquisa.A Fecomércio ouviu 1,2 mil consumidores, em 72 Municípios
brasileiros. O resultado da pesquisa deve ser comemorado como ponto positivo em
meio a uma crise financeira, diz o economista da Federação, Christian
Travassos.
Em 2007, a Fecomércio fez a primeira pesquisa neste sentido
e, naquele ano, apenas um em cada três brasileiros tinha conta bancária. De
acordo com a Federação, a “bancarização” no país está relacionada a projetos
sociais das três esferas de governo (federal, estadual e municipal). Eles
incentivaram a abertura de contas em bancos, e o avanço do crédito, a partir de
maior concorrência entre as instituições bancárias.
Créditos
Ter conta em banco facilita a abertura e a liberação de
créditos aos consumidores. No entanto, segundo a Fecomércio, a tomada de
crédito pelo brasileiro não acompanhou a evolução da bancarização, em 2014 e
2015. "Com mais acesso a banco, você tem maior possibilidade de tomar
crédito, mas não necessariamente vai tomar”, detalha o economista.Houve queda
na parcela de consumidores com algum tipo de financiamento – passou de 39%, em
2014, para 34% este ano. Mas, o motivo provavelmente é a crise econômica.Para a
Fecomércio, o governo deve rever o aumento dos juros, porque a inflação
continua "forte" e o consumidor freou o consumo por si só. As opções
são a redução dos juros, da carga tributária e do gasto público. Além de
incentivos às empresas, produtividade, competitividade e oferta.
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